O ministro australiano do Comercio, Andrew Robb, e seu colega chinês, Gao Huchen assinam o acordo: em 2014, a China se converteu no primeiro investidor estrangeiro na Austrália, ficando à frente dos EUA (AFP/ LUKAS COCH)
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2015 às 16h00.
Sydney - China e Austrália assinaram nesta quarta-feira, ao término de uma década de difíceis negociações, um amplo tratado de livre-comércio, que abrange principalmente os estratégicos setores de mineração, agricultura e investimentos.
A conclusão deste acordo, que prevê a supressão recíproca dos direitos alfandegários para um grande número de bens e serviços, representa um dia histórico para os dois países, segundo o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott.
O ministro australiano do Comercio, Andrew Robb, e seu colega chinês, Gao Hucheng, ratificaram solenemente o documento em uma cerimônia em Canberra.
A China é o primeiro sócio comercial da Austrália com intercâmbios superiores a 160 bilhões de dólares australianos (123 bilhões de dólares) anuais. Em 2014, se converteu no primeiro investidor estrangeiro no país, ficando à frente dos Estados Unidos.
Um terço das exportações australianas têm como destino a China, entre elas várias matérias-primas (carvão, minério de ferro), assim como leite e carne de vaca.
O governo de Canberra considera o acordo de vital importância para a Austrália, que conquistará vantagens competitivas frente à União Europeia, Canadá e Estados Unidos, e é bem visto pelos órgãos patronais.
Mas os sindicatos temem um fluxo de trabalhadores chineses mal remunerados para os projetos de investimento de mais de 150 milhões de dólares australianos, o que prejudicará os trabalhadores locais.