Economia

China diz que "nunca vai se render" à pressão dos EUA

Guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo se intensificou na sexta-feira

China e EUA: Trump também ordenou que o represente de Comércio dos EUA comece a impor tarifas sobre todas as importações restantes da China (Pool/Getty Images)

China e EUA: Trump também ordenou que o represente de Comércio dos EUA comece a impor tarifas sobre todas as importações restantes da China (Pool/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 13 de maio de 2019 às 07h37.

Pequim - A China nunca vai se render a pressões externas, disse o governo nesta segunda-feira (13), embora não tenha anunciado como Pequim vai responder depois que Washington renovou sua ameaça de impor tarifas sobre todas as importações chinesas na disputa comercial.

A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo se intensificou na sexta-feira com os Estados Unidos elevando as tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses depois que o presidente Donald Trump disse que Pequim "quebrou o acordo" ao voltar atrás em compromissos anteriores feitos durante meses de negociações.

Trump também ordenou que o represente de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, comece a impor tarifas sobre todas as importações restantes da China, medida que vai afetar cerca de outros 300 bilhões de dólares em produtos.

Pequim prometeu responder, mas ainda não anunciou detalhes.

"Quando aos detalhes, por favor continuem a prestar atenção. Copiando uma expressão dos EUA --esperem para ver", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, em entrevista à imprensa.

"Dissemos muitas vezes que acrescentar tarifas não vai resolver qualquer problema. A China nunca vai se render à pressão externa. Temos a confiança e a capacidade de proteger nossos direitos legítimos e legais", completou Geng, respondendo a uma pergunta sobre a ameaça de Trump de colocar tarifas sobre todas as importações chinesas.

A mídia estatal também apresentou comentários fortes nesta segunda-feira, reiterando que a porta da China para negociações está sempre aberta, mas prometendo defender os interesses e dignidade do país.

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