Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e presidente da China, Xi Jinping, durante cerimônia em Pequim (Thomas Peter/Reuters)
EFE
Publicado em 4 de março de 2018 às 15h06.
Pequim - O governo chinês advertiu neste domingo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que não ficará de braços cruzados se Washington iniciar uma guerra comercial, na qual tomará "as medidas necessárias" para defender seus interesses.
"A China não quer uma guerra comercial com os Estados Unidos, mas se os EUA aprovarem ações que danificam os interesses chineses, a China não ficará de braços cruzados e tomará as medidas necessárias", afirmou em entrevista coletiva Zhang Yesui, porta-voz do plenário da Assembleia Nacional Popular (ANP, legislativo).
Zhang avisou também que "as políticas baseadas em juízos ou presunções equivocadas danificarão as relações e trarão consequências que lugar algum gostaria de ver".
Essas manifestações vêm depois Trump ter anunciado ao longo da semana que o governo americano acrescentará tarifas à importação de aço e alumínio e dito que as guerras comerciais "são boas".
Zhang lembrou que o total de trocas comerciais entre ambas as potências econômicas alcançou mais de US$ 580 bilhões em 2017, por isso "é natural que haja alguns atritos".
No entanto, insistiu que a cooperação é a única saída para essas diferenças e citou como exemplo a visita a Washington realizada nessa semana pelo principal assessor econômico do governo chinês, Liu He, para uma série de reuniões com responsáveis do governo americano.
"É importante que ambas as partes percebam as intenções estratégicas recíprocas de forma correta e com mente aberta", ressaltou Zhang na entrevista coletiva prévia à abertura do plenário anual da ANP, que começará na segunda-feira e terminará no dia 20 de março.