Economia

China deve ser muito cautelosa com qualquer estímulo, diz BC

Programas de estímulo tendem a ser menos eficientes do que as forças naturais do mercado em impulsionar o crescimento


	Yi Gang, presidente do BC chinês: Gang afirmou que um crescimento econômico chinês de "um pouco mais, um pouco menos" de 7,5 por cento é aceitável
 (Mike Theiler/Reuters)

Yi Gang, presidente do BC chinês: Gang afirmou que um crescimento econômico chinês de "um pouco mais, um pouco menos" de 7,5 por cento é aceitável (Mike Theiler/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2014 às 09h48.

Washington - O governo chinês e o banco central devem ser "muito cautelosos" ao implementar qualquer programa de estímulo porque eles tendem a ser menos eficientes do que as forças naturais do mercado em impulsionar o crescimento, afirmou na quinta-feira o vice-presidente do BC Yi Gang.

Yi também afirmou em conferência em Washington, antes das reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, que um crescimento econômico chinês de "um pouco mais, um pouco menos" de 7,5 por cento é aceitável. No ano passado, a economia da China expandiu 7,7 por cento.

"Qualquer tipo de pacote de estímulo deve ser bastante cauteloso no sentido de que deve-se acreditar que o condutor do mercado é a maneira natural e mais eficiente de crescer, e um estímulo não é tão eficiente quanto o condutor natural do mercado", disse Yi, "E o governo e o banco central devem ser bastante cautelosos." Pequim tem procurado acalmar a especulação do mercado de que pode lançar um grande pacote de estímulo para sustentar a economia em desaceleração, afirmando, ao invés disso, que vai ajustar as políticas para garantir que o desemprego não aumente.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, descartou um grande estímulo mesmo depois de grandes quedas nas importações e exportações terem ampliado as preocupações acerca de uma desaceleração.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChina

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto