Economia

China deve lançar contrato futuro de petróleo em 26 de março

Operações começarão na Bolsa de Energia Internacional de Xangai, e serão denominada em iuanes

Bolsa de Xangai: lançamento de contratos de petróleo começará quase cinco anos depois que reguladores chineses anunciaram esse plano (VCG/Getty Images)

Bolsa de Xangai: lançamento de contratos de petróleo começará quase cinco anos depois que reguladores chineses anunciaram esse plano (VCG/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de fevereiro de 2018 às 10h16.

Xangai - A China lançará seu bastante antecipado contrato de futuros de petróleo em 26 de março, uma medida voltada a impulsionar seu poder de compra no mercado global como o maior importador de petróleo.

As operações começarão na Bolsa de Energia Internacional de Xangai, denominada em iuanes, informou nesta sexta-feira um porta-voz da Comissão Regulatória de Ativos da China, após o contrato ter passado por cinco testes.

O lançamento começará quase cinco anos depois que reguladores chineses anunciaram esse plano. A iniciativa é uma mostra da ambição do país em criar uma nova referência que possa rivalizar com o Brent em Londres e com o WTI em Nova York.

O contrato também é uma mostra do desejo de Pequim de elevar o status global de sua moeda e desafiar o papel do dólar. A China tem aumentado suas importações de petróleo ao longo da última década e tirou dos EUA no ano passado o posto de maior importador global da commodity.

Investidores estrangeiros poderão participar das negociações. É a primeira vez que eles poderão fazer isso no mercado doméstico de commodities da China sem ter de estabelecer operações no país.

Vice-presidente da Comissão Regulatória de Ativos da China, Jiang Yang disse em junho que Pequim relaxará restrições para que investidores negociem certos tipos de contratos futuros no mercado doméstico. Na semana passada, a comissão disse que se prepara para abrir os contratos futuros de minério de ferro para investidores estrangeiros.

O lançamento de futuros de petróleo no país tem sido adiado várias vezes, em parte por causa da volatilidade mostrada nos últimos anos nos estoques domésticos e no mercado cambial, de acordo com analistas. Fonte: Dow Jones Newswires.

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