Economia

China deve aumentar esforços para crescimento

País deve cortar o montante de dinheiro que os bancos devem manter como reservas

A China afrouxou as políticas fiscal e monetária numa série de ações desde o ano passado (Feng Li/Getty Images)

A China afrouxou as políticas fiscal e monetária numa série de ações desde o ano passado (Feng Li/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2012 às 09h08.

Pequim - A China deve aumentar os esforços para estimular o crescimento econômico, incluindo cortar o montante de dinheiro que os bancos devem manter como reservas, disse à Reuters o conselheiro acadêmico do banco central chinês Song Guoqing nesta sexta-feira.

"O governo pretende estimular a economia, mas a intensidade provavelmente não é suficiente", disse Song, um economista influente na prestigiosa Peking University.

A China afrouxou as políticas fiscal e monetária numa série de ações desde o ano passado.

O último comentário sobre o assunto foi feito nesta semana, quando o primeiro-ministro Wen Jiabao disse que deveria ser dada mais atenção ao apoio ao crescimento e que os planos de gastos existentes do governo em projetos importantes devem ser levados adiante.

Song afirmou que o banco central não deve cortar as taxas de juros logo, mas que há espaço para mais cortes nas taxas de compulsório.

"Há algumas pressões de desaceleração (sobre a economia). A taxa de compulsório dos bancos pode ser diminuída em linha com a situação", ele disse.

A China cortou 150 pontos-base da taxa de compulsório em três momentos desde novembro de 2011, reduzindo a taxa de uma máxima recorde de 21,5 por cento.

A última projeção de uma pesquisa da Reuters mostra que o crescimento econômico anual da China deve cair para 7,9 por cento no segundo trimestre -o sexto trimestre consecutivo de desaceleração.

Song, que integrou o comitê de política monetária do banco central em março, disse que é necessário a extensão de mais medidas de estímulo pelo governo, embora tais passos possam levar algum tempo para mostrar efeito.

Ele espera que a economia cresça entre 8,2 e 8,3 por cento em 2012 e que a taxa anual de inflação fique em torno de 3 por cento.

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