Economia

China detalha plano para empresas trocarem dívidas por ações

Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma informou que permitirá a participação de fundos de private equity nas operações de troca

China: trocas foram adotadas pelo governo chinês como uma forma de permitir que companhias estatais reduzissem seus elevados níveis de dívida (Fotonen/Thinkstock)

China: trocas foram adotadas pelo governo chinês como uma forma de permitir que companhias estatais reduzissem seus elevados níveis de dívida (Fotonen/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de janeiro de 2018 às 06h25.

Pequim - A China divulgou hoje um plano detalhando formas para empresas trocarem dívidas por ações, em sua última tentativa de reduzir a alavancagem no setor corporativo da segunda maior economia do mundo.

Em comunicado divulgado em sua página na internet, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, na sigla em inglês) informou que permitirá a participação de fundos de private equity em operações de troca de dívidas por ações.

As trocas foram adotadas pelo governo chinês como uma forma de permitir que companhias estatais reduzissem seus elevados níveis de dívida.

Recursos provenientes de produtos de gestão de riquezas oferecidos por bancos, que são uma popular opção de investimento na China, também poderão ser utilizados por fundos de private equity para as trocas.

O comunicado descreve várias formas como Pequim irá permitir que empresas - incluindo estatais, privadas e estrangeiras - diminuam seu endividamento. Empresas de capital aberto e fechado poderão emitir ações ordinárias, ações preferenciais e bônus conversíveis para pagar dívidas.

A NDRC também expandiu o escopo das trocas de dívidas, incluindo outros tipos de empréstimos, além do crédito convencional fornecido por bancos.

Nos últimos anos, Pequim tem tratado a questão da redução da alavancagem como um ponto central de seu programa econômico. Os altos níveis de dívida - e continuidade de sua expansão - levaram duas agências de classificação de risco a rebaixar os ratings soberanos da China no ano passado.

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