Economia

China: crise da dívida na Europa está em momento crucial

A afirmação foi feita às vésperas de uma reunião de cúpula China-União Europeia em Pequim

A 14ª reunião entre China e UE, inicialmente prevista para outubro, foi adiada
 (Peter Parks/AFP)

A 14ª reunião entre China e UE, inicialmente prevista para outubro, foi adiada (Peter Parks/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2012 às 09h29.

Pequim - O governo da China afirmou nesta segunda-feira que a crise da dívida na Europa passa por um "momento crucial", às vésperas de uma reunião de cúpula China-União Europeia (UE) em Pequim e depois da aprovação de novas medidas de austeridade na Grécia para salvar o país da falência.

"A China se inquieta com esta crise", declarou o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Liu Weimin.

"A questão da dívida está em um momento crucial", completou Liu.

A 14ª reunião entre China e UE, inicialmente prevista para outubro, foi adiada em função da necessidade dos europeus de reforçar os fundos de ajuda aos países em dificuldade.

A China manifestou desde então o desejo de participar no Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) em seu sucessor, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), que deve entrar em funcionamento em julho.

Nesta segunda-feira, o jornal Diário do Povo, órgão oficial do Partido Comunista, afirmou que a China não tem a intenção de comprar a Europa.

"A China não apenas não tem o apetite nem a capacidade de comprar a Europa ou de controlar a Europa, como dizem alguns países. Além disso, é favorável ao euro e à União Europeia de A a Z", afirma a publicação.

Os presidentes da UE, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, se reúnem na terça-feira em Pequim com o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaDívida públicaEuropaUnião Europeia

Mais de Economia

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta