Economia

China continuará ajudando a Europa a resolver a crise

A União Europeia e a China celebram uma reunião marcada por tensões comerciais e a prolongada crise da dívida europeia


	O premiê chinês, Wen Jiabao: "nos últimos meses, a China investiu continuamente na compra de títulos da dívida europeus"
 (Thierry Charlier/AFP)

O premiê chinês, Wen Jiabao: "nos últimos meses, a China investiu continuamente na compra de títulos da dívida europeus" (Thierry Charlier/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2012 às 11h13.

Bruxelas - A China continuará ajudando a Europa a resolver a crise da dívida, afirmou nesta quinta-feira o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, à margem da 15ª reunião de cúpula UE-China, que acontece em Bruxelas.

"A China continuará desempenhando seu papel para resolver a crise da dívida europeia", afirmou Wen.

A União Europeia e a China celebram uma reunião marcada por tensões comerciais e a prolongada crise da dívida europeia, que ameaça a economia global.

"Nos últimos meses, a China investiu continuamente na compra de títulos da dívida europeus", recordou.

Além disso, Jiabao destacou que o país asiático tem debatido formas de cooperação com o fundo de resgate europeu, conhecido como MEDE (Mecanismo Europeu de Estabilidade).

"A Europa está no caminho correto para enfrentar a crise da dívida. De todas as maneiras, é muito importante que continue estimulando as reformas", disse.

Pequim aproveitou a oportunidade para pedir à UE que reconheça o país como economia de mercado.


O chefe de Governo chinês lamentou o fato dos europeus não reconhecerem o país como "economia de mercado", um status com o qual a segunda potência econômica mundial poderia eliminar algumas barreiras comerciais impostas por concorrência desleal ("dumping").

De acordo com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), na qual a China ingressou em 2001, o país asiático deve receber o status completo de economia de mercado em 2016.

Mas Bruxelas aumentou as taxas de importação de alguns produtos fabricados na China, depois de acusar o país de vendê-los abaixo do preço de mercado.

Wen Jiabao também pediu o fim do embargo sobre as vendas de armas.

"Francamente, lamento profundamente a manutenção do embargo sobre a venda de armas", disse Wen diante dos presidentes da UE, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.

O embargo sobre a venda de armas foi imposto contra Pequim depois da violenta repressão das manifestações por democracia na Praça Tiananmen (Praça da Paz Celestial) de Pequim em junho de 1989.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaCrises em empresasDívida públicaEuropaUnião Europeia

Mais de Economia

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta