Economia

China, Arábia Saudita e Rússia puxam alta do gasto militar

À frente, com grande diferença, aparecem os Estados Unidos, que gastaram US$ 596 bilhões no setor


	Gasto militar: no total, os gastos militares chegaram a US$ 1,68 trilhão
 (U.S. Army/Sgt. Matthew Sissel, The National Guard/Facebook)

Gasto militar: no total, os gastos militares chegaram a US$ 1,68 trilhão (U.S. Army/Sgt. Matthew Sissel, The National Guard/Facebook)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2016 às 20h20.

O gasto militar mundial voltou a subir, em 2015, revertendo uma tendência de baixa que durava quatro anos - anunciou nesta terça-feira o Instituto de Pesquisa sobre a Paz Internacional de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês).

Esta evolução resulta de uma forte expansão dos gastos militares no Leste europeu, na Ásia e no Oriente Médio.

Em contrapartida, o Sipri constatou que persiste - embora em um ritmo menor - a diminuição dos gastos militares no Ocidente. No total, os gastos militares chegaram a US$ 1,68 trilhão.

À frente, com grande diferença, aparecem os Estados Unidos, que gastaram US$ 596 bilhões no setor. Este número representou uma diminuição de 2,4% em relação a 2014, relatou o instituto.

A China está em segundo, com US$ 215 bilhões, seguida de Arábia Saudita (US$ 87,2 bilhões) e Rússia (US$ 66,4 bilhões). Esses quatro países representaram mais de 57% do gasto militar mundial.

Nos últimos dez anos, o gasto militar americano caiu 4%, enquanto o da China cresceu 132%. No caso dos sauditas e dos russos, o crescimento foi de 97% e 91%, respectivamente.

No Ocidente, os orçamentos militares reduziram seu ritmo de queda em 2015.

"As razões dessa mudança de tendência são Rússia, Estado Islâmico e a reorganização da Otan, aliança na qual os membros se comprometeram a manter seus gastos militares em 2% do PIB", explicou Sam Perlo Freeman, um dos pesquisadores do Sipri.

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