Economia

China anuncia medidas de estímulo econômico frente a guerra comercial

O governo chinês vai adotar uma política fiscal que vai autorizar empresas a deduzirem impostos dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento

A nova política vai emitir "títulos especiais" para financiar projetos de infraestrutura das administrações locais (Will Russell/Getty Images)

A nova política vai emitir "títulos especiais" para financiar projetos de infraestrutura das administrações locais (Will Russell/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 24 de julho de 2018 às 11h15.

A China adotará medidas de estímulo econômico para contrabalançar o impacto da guerra comercial com os Estados Unidos - anunciou o governo nesta terça-feira (24), um dia depois de uma importante reunião presidida pelo primeiro-ministro, Li Keqiang.

O governo adotará uma política fiscal "mais ativa", autorizando mais empresas a deduzirem impostos dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, indicou o governo em um comunicado.

Também se acelerará a emissão de "títulos especiais" para financiar projetos de infraestrutura das administrações locais por um montante de 1,35 trilhão de iuanes.

Além disso, serão abertas linhas de crédito de 140 bilhões de iuanes (17 bilhões de euros) destinadas a 150 mil pequenas empresas a cada ano.

O governo advertiu, porém, que não haverá uma "enxurrada" de medidas de estímulo como aquelas aplicadas após a crise financeira de 2008. Essas medidas fizeram a dívida crescer enormemente e, agora, o governo tenta contê-la.

"A política monetária prudente não será nem demasiado rigorosa, nem demasiado complacente", advertiu o governo.

As medidas anunciadas pelo governo foram bem recebidas nos mercados financeiros de Xangai e Shenzhen, em alta de 1,37% e 1,35%, respectivamente.

Acompanhe tudo sobre:ChinaGuerras comerciais

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto