Economia

Cesta básica fica mais cara em 17 capitais, indica Dieese

São Paulo - Os preços dos produtos que compõe a cesta básica subiram em março em todas as 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. A maior alta foi constada em São Paulo (10,49%), seguida por Recife (9,74%), João Pessoa (9,49%) e […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

São Paulo - Os preços dos produtos que compõe a cesta básica subiram em março em todas as 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. A maior alta foi constada em São Paulo (10,49%), seguida por Recife (9,74%), João Pessoa (9,49%) e Brasília (9,00%).

Apesar de terem ocorrido correções em índices maiores nessas localidades, a cesta mais cara do país continua sendo a de Porto Alegre (R$ 257,07), que aumentou 7,8% de fevereiro para março. O segundo maior valor foi registrado em São Paulo (R$ 253,74) e o terceiro, no Rio de Janeiro (R$ 240,22).

Pelos cálculos do Dieese, para sustentar uma família, com base no custo da cesta constatado na capital gaúcha, o trabalhador deveria ter recebido, em março, no mínimo, R$ 2.159,65, o equivalente a 4,23 vezes o salário mínimo vigente (R$ 510). Em fevereiro, o valor estimado era de R$ 2.003,30 ou 3,92 vezes o piso oficial do país. A jornada de trabalho necessária chegou a 94 horas e 38 minutos, em março, ante 88 horas e 52 minutos, em fevereiro.

No primeiro trimestre, também houve alta nas 17 capitais, com maior elevação em Recife (17,92%). Em seguida aparecem João Pessoa (15,04%), Salvador (13,96%), o Rio de Janeiro (12,59%) e São Paulo (11,20%). As correções foram menores em Fortaleza (3,09%), Belo Horizonte (4,86%) e Belém (5,58%).

De acordo com a avaliação técnica do órgão, "a longa temporada chuvosa causou atraso no plantio e redução da área de cultivo", pressionando, consequentemente, os preços da maioria dos produtos. A principal alta foi a do tomate, que ficou mais caro em todas as capitais, com destaque para Curitiba (75,39%), São Paulo (73,13%), João Pessoa (67,78%) e Rio de Janeiro (64,31%).

O preço do leite subiu em 13 capitais e as maiores elevações ocorreram em Florianópolis (12,42%), no Rio de Janeiro (10,38%) e em Goiânia (8,97%). No caso do feijão, cujos preços estavam em baixa, houve aumento em 12 capitais com destaque para João Pessoa (25,70%), Salvador (18,95%), Recife (16,31%) e São Paulo (13,53%).

O açúcar também ficou mais caro em 12 capitais. A maior elevação ocorreu em Brasília (28,57%), seguida de Fortaleza (22,16%), Aracaju (12,38%) e São Paulo (10,65%). Além da demanda em alta no mercado internacional, a cana-de-açúcar está na entressafra.

O preço da carne teve alta em 11 capitais. Curitiba apresentou a maior elevação, 4,61%. Em seguida vêm Florianópolis (4,32%), Aracaju (3,67%) e Brasília (3,22%). em 11 capitais o preço do arroz foi corrigido para cima, com destaque para Aracaju (8,15%), Natal (3,63%), Belém (3,38%), Recife (3,34%) e Salvador (3,06%).

Outro produto que ficou mais caro com o excesso de chuvas foi a batata, que apresentou alta em sete capitais. Em Brasília, o aumento chegou a 50,24%, em Goiânia, a 45,68%, e em Vitória, a 23,48%. Em sentido oposto, o óleo de soja ficou mais barato em 14 das 17 das capitais, sendo a queda mais expressiva apurada em Fortaleza (-5,36%).

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