Economia

Cerca de 50% das famílias paulistanas estão endividadas, diz pesquisa

Resultado é 3,4% menor que o mesmo período do ano passado, quando 120 mil famílias a mais estavam inadimplentes

Cerca de 1,95 milhão de lares estavam inadimplentes em janeiro (SEAN GLADWELL/Getty Images)

Cerca de 1,95 milhão de lares estavam inadimplentes em janeiro (SEAN GLADWELL/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 12 de fevereiro de 2019 às 20h50.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2019 às 21h13.

A proporção de famílias endividadas na capital paulista em janeiro chegou a 49,9% (ou 1,95 milhão de lares) segundo Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e divulgada hoje (12).

O resultado é 3,4 pontos percentuais menor do que o registrado no mesmo mês de 2018 - uma redução de 120 mil famílias. No ano passado, em janeiro, 53,3% das famílias estavam endividadas.

"Algumas famílias estão tentando evitar comprometer as suas finanças com dívida. Houve uma melhora relativa neste primeiro mês em relação ao que foi visto ao longo do ano passado, quando as taxas de endividamento e inadimplência estavam ainda mais elevadas. No entanto, ainda há uma grande parcela com dificuldade de cumprir com os compromissos feitos", destacou a entidade em nota.

A taxa de inadimplência - quando a família não consegue quitar até o vencimento a dívida adquirida - teve aumento de 0,9 ponto porcentual em relação a janeiro de 2018. Atualmente, são 731,8 mil lares com contas em atraso. Também houve aumento no tempo médio de inadimplência, passando de 65,4 dias, em janeiro de 2018, para 66,5 dias em janeiro de 2019.

Os tipos de dívidas mais frequentes são o cartão de crédito, com 71% em janeiro (74,7% do mesmo mês do ano passado). Na segunda posição, os carnês, com 12,7%; financiamento de carro (12%); financiamento de casa (11,2%), e crédito pessoal (10,2%).

A PEIC é apurada mensalmente desde fevereiro de 2004. Foram entrevistados, aproximadamente, 2,2 mil consumidores na capital paulista.

Acompanhe tudo sobre:DívidasFamíliaFecomércio

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo