Economia

Cepal prevê queda de 5% nas exportações latino-americanas em 2016

A dinâmica do comércio exterior registrado na América Latina e no Caribe tem "o pior desempenho em oito décadas", segundo adverte a Cepal

Exportações: as importações, entretanto, devem cair 9,4% em 2016, um percentual parecido com o do ano passado (Thinkstock/Tuachanwatthana/Thinkstock)

Exportações: as importações, entretanto, devem cair 9,4% em 2016, um percentual parecido com o do ano passado (Thinkstock/Tuachanwatthana/Thinkstock)

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AFP

Publicado em 23 de novembro de 2016 às 18h39.

As exportações dos países da América Latina vão encolher 5% em 2016, afetadas pelo menor dinamismo da demanda mundial, informou a Cepal nesta quarta-feira.

"Em 2016, o valor das exportações da região cairá pelo quarto ano consecutivo e se contrairá 5% devido ao menor dinamismo da demanda mundial por seus produtos e à incerteza crescente", informou, em um relatório, a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal).

A redução é, não obstante, sustancialmente menor à registrada no ano anterior, quando as exportações da região caíram 15%.

As importações, entretanto, devem cair 9,4% em 2016, um percentual parecido com o do ano passado.

O comércio intrarregional registrará queda de 10%.

A dinâmica do comércio exterior registrado na América Latina e no Caribe tem "o pior desempenho em oito décadas", segundo adverte a Cepal, que ressalta "uma conjuntura especialmente difícil para as economias da região", pela "combinação de uma persistente orientação recessiva com protecionismo".

"Devemos diversificar a estrutura produtiva da América Latina e do Caribe para impulsionar a recuperação econômica. É preciso continuar apostando na diversificação, nas redes de valor, nas redes produtivas como fundamento e na integração intrarregional, que hoje são mais necessárias do que nunca", declarou Alicia Bárcena, Secretária Executiva da Cepal, ao apresentar o relatório em Santiago.

Para o período 2017-2020, o relatório da Cepal aponta uma modesta recuperação: o valor das exportações e importações crescerá a uma taxa média anual de aproximadamente 3%.

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