Dinheiro: o relatório da Cepal calcula ainda contração de 3,6% do PIB brasileiro em 2016 (Foto/Thinkstock)
Agência Brasil
Publicado em 14 de dezembro de 2016 às 19h54.
Última atualização em 14 de dezembro de 2016 às 19h55.
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), organismo regional da Organização das Nações Unidas (ONU), projeta crescimento de 0,4% para o Produto Interno Bruto (PIB) braseileiro em 2017.
O PIB é a soma dos bens e riquezas produzidos em um país. A previsão está no Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe 2016, divulgado hoje (14).
A estimativa é mais pessimista do que a projeção do governo brasileiro para o PIB. No fim de novembro, o Ministério da Fazenda reduziu de 1,6% para 1% a previsão de crescimento da economia em 2017.
Já a projeção mais recente do Boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central com instituições financeiras, prevê aumento de 0,7% do PIB do país no ano que vem.
O relatório da Cepal calcula ainda contração de 3,6% do PIB brasileiro em 2016. O resultado fica atrás apenas dos calculados para o Suriname (contração de 10,4%) e Venezuela (queda de 9,7%).
No cenário mais amplo, a Cepal projeta 0,9% de crescimento do PIB na América do Sul em 2017, que deve ser beneficiada por uma melhora nos preços das matérias-primas. O Caribe, segundo os especialistas do organismo, crescerá 1,3% principalmente pela atividade turística. A América Central, por sua vez, irá expandir em 3,7%.
Para 2016, a previsão ainda é de contração do PIB da América do Sul, que deve encolher 2,4%, enquanto o Caribe terá uma queda de 1,7%. A América Central terá um crescimento de 3,6%.
A secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, disse que o crescimento da região será "moderado" e "sem motores claros" que o impulsionem. "Sua recuperação será frágil enquanto sejam mantidas as incertezas do contexto econômico, particularmente as tendências protecionistas recentemente observadas", declarou a secretária em coletiva de imprensa em Santiago, capital chilena.
Na avaliação da Cepal, os países da região devem reduzir a evasão fiscal, atuar com cautela no gasto público e revisar a concessão de subsídios e incentivos (especialmente nos combustíveis), além de reorientar a promoção de investimentos e o gasto social.