Economia

Centrais sindicais criticam aumento da taxa básica de juros

A Força Sindical e a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro criticaram o aumento da taxa Selic em 0,5 ponto percentual, pelo Copom


	Prédio do Banco Central em Brasília
 (Wikimedia Commons)

Prédio do Banco Central em Brasília (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2015 às 22h58.

A Força Sindical e a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) criticaram o aumento da taxa Selic em 0,5 ponto percentual, pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom).

Para o presidente da Força, Miguel Torres, o aumento tem efeito perverso sobre os trabalhadores e significa um bloqueio no crescimento econômico do Brasil.

“Avaliamos que o 'custo social e econômico' do uso da Selic no controle da inflação tem se revelado ineficiente e com um custo social muito alto para o país”, afirmou.

“Infelizmente, os dados da economia são pouco animadores. E a postura conservadora, por parte do governo, vem minando qualquer esperança de sua recuperação ainda para este ano”, acrescentou Torres.

A Contraf-CUT acredita que o aumento vai aprofundar a crise atual. “Mais um aumento na taxa Selic. Mais recursos da sociedade serão transferidos para os rentistas, principalmente os bancos. Mais crédito será negado à sociedade e mais recursos serão desviados para títulos e valores mobiliários”, disse o presidente da entidade, Roberto von der Osten.

Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP),  o aumento da Selic “de um lado encarece o crédito e, consequentemente, enfraquece ainda mais a demanda de consumidores e empresas, dificultando assim novas elevações de preços. De outro, ele tem um papel importante no controle das expectativas inflacionárias”.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCopomEstatísticasIndicadores econômicosJurosMercado financeiroSelic

Mais de Economia

MP do crédito consignado para trabalhadores do setor privado será editada após o carnaval

Com sinais de avanço no impasse sobre as emendas, Congresso prevê votar orçamento até 17 de março

Ministro do Trabalho diz que Brasil abriu mais de 100 mil vagas de emprego em janeiro

É 'irrefutável' que vamos precisar de várias reformas da previdência ao longo do tempo, diz Ceron