Economia

Cena atual melhora e confiança da indústria sobe em agosto

Depois de subir 1,4 ponto, o Índice da Confiança da Indústria (ICI), medido pela FGV, atingiu 92,2 pontos em agosto, retornando ao nível de maio

Indústria: Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,6 ponto em agosto e foi a 90,0 pontos, sendo esse o maior valor desde maio de 2014 (Germano Luders/Exame)

Indústria: Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,6 ponto em agosto e foi a 90,0 pontos, sendo esse o maior valor desde maio de 2014 (Germano Luders/Exame)

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Reuters

Publicado em 29 de agosto de 2017 às 09h31.

São Paulo - A confiança da indústria brasileira apresentou melhora pela segunda vez seguida em agosto e voltou ao nível de maio, com as avaliações sobre a situação atual atingindo o melhor resultado desde 2014, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

Depois de subir 1,4 ponto, o Índice da Confiança da Indústria (ICI) atingiu 92,2 pontos em agosto, retornando ao nível de maio (92,3), quando foi desencadeada forte crise política.

"A boa notícia ... é que as avaliações das empresas sobre a situação atual começam a melhorar de forma consistente e atingem o melhor resultado desde o início da crise, em 2014", explicou em nota a coordenadora da Sondagem da Indústria da FGV/IBRE, Tabi Thuler Santos.

O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,6 ponto em agosto e foi a 90,0 pontos, sendo esse o maior valor desde maio de 2014. A principal contribuição para esse resultado veio da melhor percepção sobre o nível dos estoques.

A perspectiva para o futuro também melhorou, com o Índice de Expectativas (IE) avançando 1,0 ponto, para 94,4 pontos, diante das melhores perspectivas para a produção nos três meses seguintes.

"As expectativas também se recuperam do susto com o aprofundamento da crise política em maio, mas calibradas para baixo", completou Tabi.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada, por sua vez, teve queda de 0,6 ponto percentual em agosto, para 74,1 por cento.

O dado final da confiança da indústria ficou um pouco abaixo do que sua prévia, que havia mostrado alta de 1,5 ponto.

Os dados seguem a melhora da confiança da construção do Brasil, que avançou pelo terceiro mês seguido em agosto, ainda que de forma irregular.

A retomada da economia ainda enfrenta o desafio do desemprego. Nesta semana a FGV informou que as confianças do comércio e do consumidor recuaram em agosto e foram ao menor nível desde janeiro.

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