Economia

Cebola e tomate têm preços em queda nas Ceasas do país em janeiro, diz Conab

O preço do tomate cedeu 6,26%, em média, em janeiro, após um período de alta em dezembro

Inflação: em relação às frutas, no mês de janeiro, dentre as analisadas, a banana foi a que teve movimento de queda mais acentuado (./Thinkstock)

Inflação: em relação às frutas, no mês de janeiro, dentre as analisadas, a banana foi a que teve movimento de queda mais acentuado (./Thinkstock)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 16 de fevereiro de 2023 às 17h32.

Última atualização em 16 de fevereiro de 2023 às 18h24.

Cebola e tomate ficaram mais baratos nas centrais de abastecimento monitoradas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) durante o mês de janeiro. Conforme o 2º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), o preço médio da cebola caiu pelo menos 20% em relação a dezembro em todas as Ceasas analisadas pelo país.

"O motivo da baixa nas cotações foi a entrada no mercado em maiores volumes da cebola do Sul do país, especialmente de Santa Catarina", diz a Conab, em nota. "Em janeiro, os envios às Ceasas a partir desse estado aumentaram cerca de 25%."

Já o preço do tomate cedeu 6,26%, em média, em janeiro, após um período de alta em dezembro.

"Porém, diferentemente da cebola, o movimento não foi unânime, sendo mais significativo no mercado atacadista da Ceagesp/SP", cita a estatal. "Fator relevante foi a maior oferta de tomate a partir de São Paulo, atingindo um aumento de quase 40% em relação a dezembro de 2022", continua. "Isso explica a queda acentuada do preço, tanto no mercado da capital como em Campinas/SP. A safra de verão intensificou-se com a perspectiva de manter seus volumes nos mercados em fevereiro."

Batata e cenoura sobem

Outros itens, como batata e cenoura, apresentaram alta nas cotações. No caso da batata, essa tendência vem ocorrendo desde setembro do ano passado, e em janeiro deste ano os preços chegaram a aumentar 2,29% na média ponderada, comparado ao mês anterior. No entanto, o movimento não foi uniforme entre os mercados atacadistas, continua a Conab.

O Boletim Prohort destaca que, neste caso, o abastecimento é realizado atualmente pelo produto proveniente da safra das águas e o excesso de chuvas, em janeiro, influenciou na redução da oferta do produto, pressionando os preços.

A Conab informa ainda que a cenoura, que passou por um período de alta de preços, seguido por uma queda abrupta e depois pela estabilidade em baixos níveis no decorrer de 2022, em janeiro voltou a ter alta nos preços. A média ponderada do mês aumentou 41,52% em relação à média de dezembro. Em todas as Ceasas analisadas pela Conab, a movimentação total de cenoura caiu quase 10%, com a diminuição dos envios a partir de Minas Gerais e São Paulo, principais Estados ofertantes.

Banana tem queda de preço; laranja, maçã, melancia e mamão sobem

Em relação às frutas, no mês de janeiro, dentre as analisadas, a banana foi a que teve movimento de queda mais acentuado, considerando a média ponderada das cotações. A redução foi maior na Ceasa de Curitiba e Rio Branco, com baixas de -20,19% e -14,52%, e preços de R$ 2,40 e R$ 1,99 o quilo, respectivamente.

Entretanto, o Boletim Prohort aponta que a diminuição ocorreu graças à variedade da banana nanica, com boa oferta e produtos de qualidade, uma vez que a banana prata teve oscilações nos preços e na quantidade ofertada.

Outras frutas, como laranja, maçã, mamão e melancia, apresentaram tendência de alta nos preços em quase todas as Ceasas do país. Em termos porcentuais, a elevação foi mais expressiva para a melancia, com alta nas cotações e diminuição da oferta.

O Rio Grande do Sul foi o principal estado produtor desta cultura no período considerado, mesmo com a estiagem que comprometeu parte da produção. Na Bahia, a segunda parte da safra atrasou devido às chuvas, e o plantio da safrinha em São Paulo também não começou, o que contribuiu para as elevações de preço no último mês.

A laranja teve variações pequenas e moderadas das cotações, oferta controlada devido à procura industrial, além da demanda no varejo em alta e oferta em queda na segunda quinzena do mês.

A maçã continua com preços elevados e a comercialização diminuiu por conta da finalização dos estoques de gala e fuji. Para o mamão, a média ponderada subiu 9,64%, pois embora a oferta da variedade formosa tenha aumentado, a colheita do papaya foi menor devido às chuvas.

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