PEC era o segundo item da pauta da CCJ nesta segunda-feira, 15, mas um requerimento de inversão apresentado pelo PT foi aprovado (Pablo Valadares/Agência Câmara)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de abril de 2019 às 21h51.
Última atualização em 15 de abril de 2019 às 22h14.
Brasília — A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou nesta segunda-feira, 15, a proposta que aumenta os gastos obrigatórios do governo, a chamada PEC do Orçamento Impositivo, em votação simbólica. Ela será analisada agora por uma comissão especial antes de seguir para votação em plenário.
A PEC era o segundo item da pauta da comissão, mas um requerimento de inversão apresentado pelo PT foi aprovado, inclusive com apoio do PSL e da liderança do governo. Apenas o PSDB e o Novo foram contrários à votação do Orçamento impositivo. A proposta passou na frente da reforma da Previdência, que terá sua discussão iniciada nesta terça (16).
Desde a semana passada, porém, os partidos do chamado "Centrão" passaram a articular o adiamento do debate, enquanto o governo tentava justamente antecipar a votação na CCJ. Os parlamentares da oposição também viram o apoio à PEC do Orçamento como estratégia para protelar a discussão da Previdência.
A proposta já foi aprovada pela Câmara, mas sofreu modificações no Senado e, por isso, precisa ser novamente analisada pelos deputados. O texto determina como de pagamento obrigatório emendas parlamentares de bancada. Essas emendas são decididas por deputados e senadores, que fazem indicações em conjunto de investimentos na região deles, em áreas como saúde, educação e saneamento. A proposta, na prática, engessa ainda mais o Orçamento.