Economia

CCEE vê preço spot da energia elétrica em queda até abril

O custo da energia elétrica no mercado de curto prazo deverá alcançar o piso permitido pela regulamentação a partir de abril de 2016, segundo a CCEE


	Transmissão de energia elétrica
 (Arquivo/Agência Brasil)

Transmissão de energia elétrica (Arquivo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2015 às 16h50.

São Paulo - O custo da energia elétrica no mercado de curto prazo, dado pelo Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), deverá seguir em queda neste ano e alcançar o piso permitido pela regulamentação, de 30 reais por megawatt-hora, a partir de abril de 2016 em todas as regiões do Brasil, com a ajuda de chuvas nos reservatórios de hidrelétricas, apontou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) nesta segunda-feira.

"A expectativa é de que o PLD continue ainda abaixo do teto (388 reais por megawatt-hora) e em relativa queda até o final do ano e ao longo de 2016", afirmou o gerente de Preço da CCEE, Rodrigo Sacchi, em evento da instituição dedicado a analisar e projetar o custo da energia no mercado spot.

A CCEE apontou projeções de que o PLD deve ficar em uma média de 151 reais por megawatt-hora em outubro. O preço cairia para cerca de 134 reais por megawatt-hora em novembro e chegaria a dezembro em cerca de 104 reais por megawatt-hora. Pelas projeções, o preço seguiria em tendência de baixa até abril, a partir de quando se estabilizaria no patamar mínimo permitido pelas regras do setor elétrico, de 30 reais por megawatt-hora.

Na apresentação, a CCEE destacou ainda que o déficit de geração apresentado pelas hidrelétricas devido à seca deve ser menor em outubro, devido a uma maior utilização dessas usinas para atender a carga.

A projeção da instituição é de que esse déficit seja de 6,7 por cento no próximo mês, ante 11,7 por cento em setembro e 15,1 por cento em agosto.

"Por conta do aumento da temperatura e do aumento do consumo proporcional a isso, o sistema vai necessitar de maior geração, e essa maior geração vem exatamente das hidrelétricas", explicou Sacchi.

Com isso, a CCEE projeta um déficit acumulado em 2015 em torno de 15,4 por cento para as hidrelétricas, que desde o ano passado têm produzido menos que a energia prevista em seus contratos devido ao regime de chuvas desfavorável.

O déficit tem causado perdas financeiras para os investidores nessas usinas, que negociam com o governo um pacote de apoio em troca da retirada de decisões judiciais contra novos prejuízos.

Acompanhe tudo sobre:EnergiaEnergia elétricaServiços

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto