O plano do governo de Joe Biden integra os esforços dos democratas para revitalizar a economia dos EUA com foco em investimentos públicos (Al Drago-Pool/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de abril de 2021 às 09h34.
Última atualização em 28 de abril de 2021 às 09h35.
O governo dos Estados Unidos divulgou na manhã desta quarta-feira, 28, uma proposta de US$ 1,8 trilhão em investimentos em áreas como educação, saúde e cuidados infantis. Batizado de "Plano das Famílias Americanas", o pacote seria financiado, em parte, pelo aumento na carga tributária dos mais ricos, incluindo alta do imposto sobre ganhos de capital a 39,6%.
Em comunicado, a Casa Branca revelou que o projeto consiste em US$ 1 trilhão em gastos distribuídos na próxima década e US$ 800 bilhões em cortes de impostos para a classe trabalhadora.
Entre outros pontos, o texto prevê acesso universal à pré-escola e dois anos de ensino superior gratuito a todos os americanos, inclusive a jovens imigrantes. O programa também estabeleceria licença paga a trabalhadores que precisem se ausentar para cuidar de familiares, além de mobilizar recursos para o combate à insegurança alimentar.
A ideia da administração do presidente Joe Biden é realizar mudanças no código tributário para ajudar a pagar o plano. No total, o nível de impostos aos mais ricos poderia chegar a 43,8%. Haveria ainda o estabelecimento de um imposto fixo de 3,8% para todos os americanos que ganhem mais de US$ 400 mil por ano. Biden tem garantido que os contribuintes em faixa de renda inferior a isso não pagarão mais impostos.
O projeto é parte dos esforços dos democratas para revitalizar a maior economia do planeta com foco em investimentos públicos. Em março, o presidente americano sancionou o pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão e divulgou um outro plano de US$ 2 trilhões em investimentos à infraestrutura, que ainda precisa do aval do Congresso.