Economia

Casa Branca dá "boas-vindas" à ajuda europeia à Espanha

Geithner avaliou a decisão da Espanha de recapitalizar seu sistema bancário como um "passo concreto em direção à união financeira na zona do euro"

Na sexta-feira, um dia antes do acordo do Eurogrupo para ajudar a sanear os bancos espanhóis, Obama reivindicou aos dirigentes europeus "ações claras" (Louisa Gouliamaki/AFP)

Na sexta-feira, um dia antes do acordo do Eurogrupo para ajudar a sanear os bancos espanhóis, Obama reivindicou aos dirigentes europeus "ações claras" (Louisa Gouliamaki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2012 às 18h03.

Washington - A Casa Branca deu nesta segunda-feira as boas-vindas à decisão do Eurogrupo de conceder à Espanha um empréstimo de até 100 bilhões de euros para recapitalizar seu setor financeiro, ao reiterar que a crise na zona do euro continua a ser um motivo de preocupação para os Estados Unidos.

"Damos as boas-vindas" a essa decisão, disse em sua entrevista coletiva diária o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, que lembrou a declaração feita ontem pelo secretário do Tesouro, Timothy Geithner.

Nessa declaração, Geithner avaliou a decisão da Espanha de recapitalizar seu sistema bancário e "o compromisso de seus aliados europeus de fornecer apoio" como um "passo concreto em direção à união financeira na zona do euro".

Carney reiterou que a crise na região continua sendo um motivo de preocupação para os EUA, e que o presidente Barack Obama está "em contato permanente" com os líderes europeus às vésperas da cúpula do G20 que acontecerá nos dias 18 e 19 de junho em Los Cabos (México).

Obama falou por telefone nos últimos dias com vários governantes europeus, entre eles o presidente francês, François Hollande, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron.

Na sexta-feira, um dia antes do acordo do Eurogrupo para ajudar a sanear os bancos espanhóis, Obama reivindicou aos dirigentes europeus "ações claras, o mais rápido possível, para injetar capital nos bancos frágeis", e afirmou que a curto prazo o principal desafio para a eurozona será "estabilizar seu sistema financeiro". 

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