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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - Três dos quatro principais produtos de exportação do agronegócio brasileiro foram importantes para o aumento da receita com vendas externas do setor de 11,2% no primeiro semestre deste ano, que passaram de US$ 31,4 bilhões para US$ 34,9 bilhões, na comparação com o mesmo período de 2009.
Carnes, com incremento de 18,2%, produtos florestais, com 35%, e açúcar, com 51,6%, compensaram a queda de 6% do complexo soja. Apesar disso do recuo, a oleaginosa se mantém como líder em vendas.
De acordo com os dados do Ministério da Agricultura, enquanto as vendas do complexo soja caíram de US$ 10,1 bilhões para US$ 9,5 bilhões, as de carnes (bovina, suína, de frango e de peru) aumentaram de US$ 5,4 bilhões para US$ 6,4 bilhões. As de produtos florestais subiram de US$ 3,3 bilhões para US$ 4,5 bilhões e as de açúcar, de US$ 3,1 bilhões para US$ 4,8 bilhões. As exportações do café, quinto produto no ranking de exportações do agronegócio, subiu 14,2%, passando de US$ 1,9 bilhões para US$ 2,2 bilhões.
Segundo o diretor de Promoção Internacional do Agronegócio, do Ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio Marques, até o final do ano o crescimento das exportações do setor devem, pelo menos, se manter em 11%. Se isso ocorrer, será batido o recorde de US$ 71,8 bilhões, conquistado em 2008, depois da crise dos alimentos, que elevaram os preços das commodities agrícolas, e antes da crise financeira mundial.
Em 2009, o valor exportado caiu para US$ 64,7 bilhões. Marques atribuiu a redução mais à queda dos preços no cenário internacional. "As quantidades exportadas se mantiveram, apesar da crise. Os preços que baixaram", afirmou.
Com exceção da Alemanha, com queda de 4,8%, os oito principais importadores do agronegócio brasileiro aumentaram, em valor, suas compras no primeiro semestre deste ano. Foi o caso da China (17,5%), Estados Unidos (14,8%), Países Baixos (4,3%), Rússia (49,5%), Itália (23,6%), Japão (18,7%) e Venezuela (37,1%). Somente esses países são responsáveis por cerca de 50% de todas as exportações do setor.