Transmissão de energia: maior aumento da carga de energia foi observado no Norte do país na ordem de 25,3%, comparativamente a setembro de 2012 (Marcello Casal Jr./ABr)
Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 19h09.
Rio de Janeiro – A carga de energia gerada pelas usinas que integram o Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 5,4% em setembro passado, em comparação ao mesmo mês do ano passado.
Em relação a agosto, aumentou 1,4%, acumulando nos últimos 12 meses alta de 3,9% ante igual período anterior.
Os dados constam do Boletim de Carga Mensal, divulgado hoje (9) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Por subsistemas, o maior aumento da carga de energia foi observado no Norte do país na ordem de 25,3%, comparativamente a setembro de 2012. Segundo os técnicos do ONS, a expansão pode ser explicada pela integração de Manaus ao Sistema Interligado Nacional, desde julho deste ano, o que refletiu também na taxa de crescimento do sistema.
A região concentra os grandes consumidores eletrointensivos (como grandes complexos industriais, por exemplo) conectados à rede básica de energia. O subsistema teve crescimento em relação a agosto de 0,3%, e nos últimos 12 meses de 6,1%.
Os subsistemas Nordeste e Sul também apresentaram crescimento em setembro, em comparação ao mesmo mês do ano passado, de 6,6% e 6,4% respectivamente.
Na análise do ONS, a taxa reflete a continuidade do bom desempenho da agroindústria, na região Sul; e do crescimento da renda e da expansão do crédito, que impulsiona o consumo das famílias, no Nordeste. Na comparação com agosto deste ano, porém, verificou-se redução da carga de 0,7% no subsistema Sul.
O subsistema Nordeste permaneceu com alta de 4,1% no mesmo período. No acumulado dos últimos 12 meses, houve crescimento da carga de energia em ambos os subsistemas, atingindo 4,6%, no Sul; e 7,4%, no Nordeste.
A menor alta foi registrada no subsistema Sudeste/Centro-Oeste (2,6%).
Embora participe com 60% na carga total do SIN, o subsistema foi afetado pelo comportamento da indústria, que ainda se mantém em trajetória de recuperação lenta, destacou o boletim.
Na comparação com agosto de 2013, a taxa evoluiu 1,4% e alcançou crescimento de 2,7% nos últimos 12 meses, em relação ao mesmo período anterior.