Economia

Maioria global crê que capitalismo faz "mais mal do que bem", diz pesquisa

Um levantamento feito pelo Edelman Trust Barometer com 34 mil pessoas em 28 países apontou que a maioria vem questionando a eficiência do sistema econômico

Fórum Econômico Mundial, Davos: pesquisa foi divulgada dias antes do início do evento em que líderes mundiais discutem políticas econômicas (Denis Balibouse/Reuters)

Fórum Econômico Mundial, Davos: pesquisa foi divulgada dias antes do início do evento em que líderes mundiais discutem políticas econômicas (Denis Balibouse/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de janeiro de 2020 às 10h01.

Última atualização em 20 de janeiro de 2020 às 11h46.

Londres - A maioria das pessoas em todo o mundo acredita que o capitalismo em sua forma atual está fazendo mais mal do que bem, de acordo com uma pesquisa divulgada antes da reunião de líderes políticos e empresariais que acontece esta semana em Davos.

Este ano foi a primeira vez que o "Edelman Trust Barometer", que há duas décadas pesquisa dezenas de milhares de pessoas em suas instituições centrais, buscou entender como o próprio capitalismo é visto.

Os autores do estudo disseram que pesquisas anteriores mostrando um crescente sentimento de desigualdade os levaram a perguntar se os cidadãos estavam começando a ter dúvidas mais essenciais sobre as democracias capitalistas do Ocidente.

"A resposta é sim", afirma David Bersoff, pesquisador principal do estudo produzido pela empresa de comunicações norte-americana Edelman.

"As pessoas estão questionando nesse ponto se o que temos hoje, e o mundo em que vivemos hoje, é otimizado para que eles tenham um bom futuro."

A pesquisa contatou mais de 34.000 pessoas em 28 países, desde democracias liberais ocidentais, como Estados Unidos e França, até aquelas baseadas em um modelo diferente, como China e Rússia, com 56% concordando que "o capitalismo como existe hoje faz mais mal do que bem no mundo".

A pesquisa foi lançada em 2000 para explorar as teorias do cientista político Francis Fukuyama, que após o colapso do comunismo declarou que a democracia capitalista liberal havia eliminado ideologias rivais e, portanto, representava "o fim da história".

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