Economia

Candidatos ao FMI estarão no Brasil semana que vem

Na segunda-feira, a ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, terá um almoço com Guido Mantega, que encontrará na quarta com Agustín Carstens, candidato mexicano

O principal rival da candidata francesa ao cargo máximo do FMI é o governador do Banco do México, Agustín Carstens (Dominique Charriau/Getty Images)

O principal rival da candidata francesa ao cargo máximo do FMI é o governador do Banco do México, Agustín Carstens (Dominique Charriau/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2011 às 18h07.

Brasília - Dois candidatos ao cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) estarão com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na próxima semana para pedir o apoio do Brasil. Na segunda-feira, a ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, terá um almoço com Mantega e, depois, será recebida pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. O Brasil será o primeiro país a ser visitado por Lagarde após o anúncio oficial da sua candidatura.

Na quarta-feira, será a vez do presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens, ser recebido por Mantega. Ele teve uma primeira conversa com o ministro na última terça-feira, por telefone. Embora Carstens seja candidato de um país emergente, o governo brasileiro ainda não revelou quem apoiará. O cargo de diretor-gerente do FMI ficou vago com a renúncia de Dominique Strauss-Kahn, acusado de assédio sexual a uma camareira em um hotel de Nova Iorque.

Mantega tem dito que o Brasil apoiará o candidato que assumir o compromisso de dar continuidade às reformas no Fundo iniciadas por Strauss-Kahn. O governo brasileiro quer uma participação maior dos países emergentes nas decisões do FMI.

No entanto, a vitória de Lagarde, que conta com o suporte dos países europeus, é tida como a mais provável pelo governo brasileiro. Por isso, o Brasil tem trabalhado para arrancar o compromisso da ministra francesa, tida como mais conservadora que Strauss-Kahn, para que, nas próximas eleições, a nacionalidade europeia não seja considerada requisito para chefiar o FMI. A escolha, segundo tem defendido Mantega, deveria ser por mérito.

O Brasil também está defendendo um mandato tampão, até o final de 2012, para o sucessor de Strauss-Kahn por entender que esta é uma eleição atípica e com pouco tempo para um debate de ideias entre os candidatos. Nos bastidores, entretanto, o governo brasileiro já admite que a proposta não tem muitas chances de sucesso.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralFMIgestao-de-negociosMercado financeiroSucessão

Mais de Economia

Subsídios na China fazem vendas de eletrônicos crescer até 400% no ano novo lunar

Conta de luz não deve ter taxa extra em 2025 se previsão de chuvas se confirmar, diz Aneel

Após receber notificação da AGU, TikTok remove vídeo falso de Haddad

Governo pode perder até R$ 106 bi com renegociação de dívida dos estados, estima Tesouro Nacional