Economia

Caminho para Brasil e Uruguai é a integração, diz Mujica

Segundo Mujica, a integração é a alternativa, por exemplo, para o momento atual, que ele julga, de paralisia do Mercosul

O presidente do Uruguai, José Pepe Mujica: Mujica defendeu a busca por parcerias que levem à construção de um espaço econômico sólido e eficiente. (GettyImages)

O presidente do Uruguai, José Pepe Mujica: Mujica defendeu a busca por parcerias que levem à construção de um espaço econômico sólido e eficiente. (GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 08h43.

Brasília – Em um encontro com empresário brasileiros e uruguaios, o presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, disse ontem (23) que o caminho para avançar é o da integração mútua. Segundo Mujica, a integração é a alternativa, por exemplo, para o momento atual, que ele julga, de paralisia do Mercosul. Ele ressaltou que os avanços econômicos estão associados aos sociais e às conquistas que a América Latina têm obtido.

“O Uruguai deve fazer uma experiência com o governo brasileiro, considerando que o Mercosul está paralisado, demonstrando ao resto da América Latina que a integração verdadeira gera benefícios mútuos”, ressaltou Mujica durante reunião de empresários da Câmara Uruguaio-Brasileira, em Punta del Este. “Não somos perfeitos, mas no contexto de América Latina, este [o Uruguai] é um país profundamente honesto, que demonstrou cumprir com suas obrigações”, disse ele, lembrando que a América Latina avança nas áreas econômica e sociais.

Mujica defendeu a busca por parcerias que levem à construção de um espaço econômico sólido e eficiente. “A integração federal, aberta, leva à construção de um sólido espaço econômico, que será uma ferramenta de autodefesa para as gerações que vão vir. Por isso a resposta está na associação e corporação”, destacou.

No discurso, o presidente acrescentou que o Brasil é um país de caráter continental que deve assumir uma posição de liderança. “É a época de construir um sistema de empresas transnacionais latino-americanas que devem ser comandadas pelo Brasil que deve buscar sócios em uma relação de ganhos e não [com o objetivo] de colonização”, disse.

“Nós planejamos isso para que a Argentina e o resto da América Latina ganhem coragem e partam para suas realizações, [e não fiquem apenas nos] acordos diplomáticos, na tentativa de obter a integração real”, disse o presidente. “É necessário vender um serviço competitivo que contribua para baixar custos em toda a região”, lembrando que não se pode ser ingênuo, pois há vários interesses envolvidos.

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