Economia

Camex não avaliou redução da taxa do trigo, diz ministro

Segundo Neri Geller, redução na taxa de importação do trigo de fora do Mercosul não foi avaliada na reunião da Camex


	Colheita de trigo: pedido da indústria para redução da tarifa foi retirado da pauta da reunião do órgão integrado por ministros
 (Sean Gallup/Getty Images)

Colheita de trigo: pedido da indústria para redução da tarifa foi retirado da pauta da reunião do órgão integrado por ministros (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2014 às 18h59.

Brasília - Uma redução na taxa de importação do trigo de fora do Mercosul não foi avaliada na reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex) desta quinta-feira, mas isso poderá ocorrer em breve, dependendo das condições do mercado.

"O Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior Camex), em reunião hoje, decidiu que irá avaliar a possibilidade de reduzir a alíquota do Imposto de Importação do trigo, para uma quota específica e por prazo limitado, tendo em vista os efeitos da sazonalidade da safra", afirmou em nota.

O pedido da indústria para redução da tarifa, em um momento de entressafra no Brasil e no Mercosul, em que a oferta fica mais apertada, foi retirado da pauta da reunião desta quinta-feira, afirmou o ministro da Agricultura, Neri Geller, a jornalistas, após sair do encontro.

Segundo Geller, uma decisão sobre redução da tarifa de 10 por cento poderia afetar o plantio de trigo no Brasil, que está em desenvolvimento, pois desencorajaria a continuidade do plantio pelo produtor nacional. 

O ministro disse ainda que as projeções indicam um aumento na produção do trigo do Brasil e que há um recuo nos preços do produto. 

A safra de 2014 do Brasil foi calculada pela Companhia Nacional de Abastecimento em um recorde de 6,88 milhões de toneladas, aumento de quase 25 por cento ante a temporada passada, com um crescimento de 15 por cento na área e melhores produtividades.

Em 2013, a safra foi severamente afetada por geadas no Paraná. A previsão da Conab considera um clima normal para 2014. Mas o ministro acrescentou que o governo continuará observando o comportamento do mercado. 

Ele acrescentou que, se necessário, será marcada uma reunião extraordinária da Camex de 10 a 15 dias para retornar à questão.

"A avaliação considerará, entre outros fatores, a variação da oferta, a qualidade do produto ofertado e o seu preço no mercado interno, nos próximos dias", acrescentou a Camex.

Texto atualizado com mais informações às 19 horas do mesmo dia.

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