Economia

Cameron pede maior abertura da economia da Índia

O comentário foi feito durante encontro de Cameron com líderes empresariais indianos no primeiro dos três dias da viagem do premiê à Índia


	David Cameron: as questões envolvendo grupos britânicos deverão ser discutidas durante encontro de Cameron com o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh
 (REUTERS/Jeff Overs/BBC)

David Cameron: as questões envolvendo grupos britânicos deverão ser discutidas durante encontro de Cameron com o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh (REUTERS/Jeff Overs/BBC)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2013 às 10h50.

Mumbai - A Índia precisa abrir ainda mais setores como os de seguros, bancário e varejista para investimentos estrangeiros e simplificar os procedimentos para facilitar os negócios por empresas externas no país, afirmou nesta segunda-feira o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

O comentário foi feito durante encontro de Cameron com líderes empresariais indianos no primeiro dos três dias da viagem do premiê à Índia.

A visita, a segunda desde que Cameron assumiu como primeiro-ministro em 2010, ocorre num momento em que companhias britânicas, como a telefônica Vodafone, enfrentam dificuldades na Índia.

A Vodafone está no meio de uma longa disputa tributária com o governo indiano, apesar de ter obtido uma decisão favorável da suprema corte do país.

Outra empresa que enfrenta problemas na Índia é a Vedanta, que recentemente interrompeu a produção numa refinaria de alumina no leste indiano depois de não conseguir permissão do governo para explorar bauxita, um importante insumo para a mineração.

As questões envolvendo grupos britânicos deverão ser discutidas durante encontro de Cameron com o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, em Nova Délhi, nesta terça-feira.


Cerca de 700 empresas indianas atuam no Reino Unido e o diversificado grupo Tata é o maio conglomerado privado em operação naquele país. A unidade britânica da Tata Steel, a unidade siderúrgica do grupo, foi atingida por uma queda na demanda devido à crise fiscal europeia.

Reino Unido e Índia também desejam expandir o comércio bilateral, que cresceu 27% no ano fiscal encerrado em março de 2012, para US$ 16,16 bilhões, segundo o Ministério de Relações Exteriores indiano. A expectativa é que as trocas anuais entre os dois países cheguem a 22 bilhões de libras (US$ 34,15 bilhões) até 2015.

Em outubro último, os investimentos diretos britânicos na Índia totalizavam US$ 17,08 bilhões, fazendo do Reino Unido o terceiro maior investidor no país depois das Ilhas Maurício e Cingapura. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaÍndiaPaíses ricosReino Unido

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto