Economia

Câmbio flutuante não deve ser muito volátil, diz Tombini

Presidente do Banco Central reafirmou que o regime de câmbio é flutuante, mas que isso não é estímulo à variação excessiva da cotação do dólar


	"O regime cambial é flutuante, mas não deve ser incentivo para a volatilidade", disse o presidente do BC
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

"O regime cambial é flutuante, mas não deve ser incentivo para a volatilidade", disse o presidente do BC (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2012 às 13h45.

Brasília - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reafirmou nesta terça-feira que o regime de câmbio é flutuante, enfatizando ao mesmo tempo que isso não é um estímulo à variação excessiva da cotação do dólar frente ao real.

"O regime cambial é flutuante, mas não deve ser incentivo para a volatilidade", disse o presidente do BC ao participar de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Nos últimos dias, o Banco Central tem intervido no câmbio para, segundo avaliação do mercado, não sancionar um dólar superior a 2,10 reais.

Na segunda-feira, o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, disse haver "um pouco de gordura" na taxa de câmbio e que a cotação da divisa norte-americana está acima do modelo calculado pela autoridade monetária.

Em sua apresentação nesta terça na CAE, Tombini também disse que a inflação se deslocará para o centro da meta de 4,5 por cento ao longo de 2013 e que o reajuste menor do salário mínimo contribuirá para a desaceleração dos preços. "O ganho menor do salário mínimo em 2013 ajudará a desacelerar a inflação".

Ao mencionar o desempenho da economia, o presidente do BC comentou que a demanda doméstica continua sendo o principal suporte da economia e que a lenta recuperação da confiança é um fator que tem segurado o investimento no país.

"Importante destacar que esse cenário de recuperação do crescimento, ainda que mais lento do que o previsto, irá se materializar em ambiente com a inflação sob controle", salientou.

A economia brasileira registrou crescimento de 0,6 por cento no terceiro trimestre em comparação com o segundo trimestre, frustrando as expectativas das autoridades de uma expansão mais vigorosa do Produto Interno Bruto (PIB) na segunda metade do ano.

Na análise da cena externo, Tombini avaliou que "o cenário externo continua com grande complexidade e com perspectiva de baixo crescimento por período prolongado".

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