Economia

Câmara não deve votar Previdência em 2018, dizem líderes partidários

Calendário apertado, complexidade da matéria e acúmulo de outras propostas na pauta devem impedir avanço do tema

Previdência Social: líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que o calendário é muito apertado e a matéria é complexa (Arquivo/Agência Brasil)

Previdência Social: líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que o calendário é muito apertado e a matéria é complexa (Arquivo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de outubro de 2018 às 14h59.

Brasília - Líderes das bancadas partidárias da Câmara avaliam como baixa a possibilidade da Casa aprovar qualquer mudança sobre Previdência ainda neste ano. O calendário apertado, a complexidade da matéria e o acúmulo de outras propostas essenciais na pauta devem impedir o avanço do tema ainda nesta legislatura, dizem os parlamentares.

O líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que o calendário é muito apertado e a matéria é complexa. "Vai exigir um esforço conjunto muito grande para isso poder acontecer", disse.

O líder do PPS, deputado reeleito Alex Manente (SP), diz que não há "condições de se votar a Reforma da Previdência na Câmara ainda neste ano".

Para ele, não há possibilidade nem de se passar um texto reduzido ou com alterações sobre a proposta. "Se ficou empatado até agora não vai passar e ser for um texto muito reduzido não resolve o problema da Previdência", afirmou o líder do partido que elegeu oito deputados federais e dois senadores neste ano.

O líder do PT na Casa, Paulo Pimenta (RS), também não acha possível passar o projeto este ano.

Na segunda-feira, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que vai trabalhar pela aprovação de pelo menos parte da reforma da Previdência enviada pelo presidente Michel Temer, embora ainda enfrente resistências dentro da própria equipe.

A declaração do presidente eleito vai na contramão do que tem dito o seu futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que descarta prosseguir com a reforma previdenciária proposta por Temer.

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