Economia

Câmara aprova texto-base do novo marco do saneamento

Um dos principais pontos da proposta é a liberação de investimento da iniciativa privada no setor

Câmara dos Deputados: parlamentares aprovaram proposta enviada pelo governo federal, com algumas alterações (Adriano Machado/Reuters)

Câmara dos Deputados: parlamentares aprovaram proposta enviada pelo governo federal, com algumas alterações (Adriano Machado/Reuters)

BC

Beatriz Correia

Publicado em 11 de dezembro de 2019 às 22h04.

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, por 276 votos a 124, o texto-base do novo marco legal do saneamento básico. Um dos principais pontos da proposta é a brecha para permitir o investimento da iniciativa privada no setor

Foi aprovado o Projeto de Lei 4162/19, do Poder Executivo, com emendas que incluem as mudanças previstas no substitutivo do deputado Geninho Zuliani (DEM-SP) e outras alterações. A principal mudança garante aos municípios a renovação dos atuais contratos de programa até 30 de março de 2022.

O substitutivo de Zuliani foi originalmente apresentado ao Projeto de Lei 3126/19, oriundo do Senado, e aprovado por uma comissão especial.

Houve preferência para votação do PL 4162, em lugar do PL 3126, para que o Senado passe a ser a Casa revisora da proposta, em vez de dar a palavra final caso seu projeto fosse aprovado pela Câmara.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta semana que, no momento em que o país conseguir atrair investimentos do setor privado para saneamento, o serviço deixará de ser um problema no país e passará a ser universal em “5,6,7 anos”.

Guedes disse que a aprovação do novo marco regulatório do saneamento abre espaço para a entrada de “dezenas de bilhões” de investimentos no setor.

Para o ministro, o saneamento passará pelo mesmo processo verificado com os telefones celulares, que “ninguém tinha e (agora) todo mundo tem”.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosGoverno BolsonaroSaneamento

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo