Biocombustível: plenário ainda deve analisar emendas que podem alterar o mérito da proposta (Getty Images/Getty Images)
Reuters
Publicado em 28 de novembro de 2017 às 21h52.
Brasília - A Câmara aprovou nesta terça-feira o texto principal do projeto que cria a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio).
Em votação simbólica, os deputados aprovaram o texto considerado estratégico para a retomada dos investimentos na indústria de biocombustíveis. O plenário ainda deve analisar emendas que podem alterar o mérito da proposta.
Para entidades do setor, caso da a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), o projeto permite essa retomada sem a dependência de subsídios do governo ou de renúncia fiscal, além de ajudar o país a cumprir suas metas de "descarbonização" assumidas no Acordo de Paris, principalmente para a redução da emissão de gases de efeito estufa no transporte veicular.
A proposta prevê metas de uso de biocombustíveis e negociações de créditos de descarbonização (CBios), semelhante ao modelo utilizado nos Estados Unidos.
Para a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), ao contrário de outros países, onde a "descarbonização" da economia é um desafio, no Brasil, é uma oportunidade.
Ao apresentar seu parecer em plenário pouco antes da votação, o relator da proposta, deputado João Fernando Coutinho (PSB-PE), decidiu modificar o texto original e retirou trecho que definia metas anuais compulsórias para a adição de biodiesel ao óleo diesel e de etanol à gasolina, segundo a Agência Câmara.
Coutinho também reduziu a multa máxima a ser emitida no caso de descumprimento de metas individualizadas de 500 milhões de reais para 50 milhões, além de remeter a definição dos títulos representativos de créditos de descabornização a um regulamento, informou a agência.