Imigrantes bolivianos trabalham em ateliê de roupas em São Paulo: devido à dificuldade de abrir a conta, os bolivianos tinham que guardar dinheiro em casa e se tornavam alvos de assaltos (Nelson Almeida/AFP)
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2013 às 11h06.
São Paulo - A comoção causada pelo assassinato do garoto boliviano Bryan Yanarico Capcha, de 5 anos, em São Mateus, zona leste de São Paulo, em junho, motivou a articulação de um acordo entre a Caixa Econômica Federal e a Prefeitura para facilitar a abertura de contas bancárias para imigrantes do Mercosul.
"Os bolivianos tinham muita dificuldade para comprovar residência na hora de abrir uma conta. Por isso, eram obrigados a guardar o dinheiro em casa e se tornavam alvo de assaltos", disse Rogério Sottili, secretário de Direitos Humanos da capital.
A família de Bryan vivia há seis meses no País quando o crime aconteceu. "A casa foi assaltada quatro vezes. Provavelmente as pessoas já sabiam que o dinheiro estava ali", afirmou Sottili.
Pelo acordo, que deve ser assinado na sexta-feira, os estrangeiros do Mercosul terão de apresentar apenas o CPF e o protocolo com o pedido do Registro Nacional de Estrangeiros (RNE), concedido pela Polícia Federal, para abrir a conta na Caixa. A medida deve beneficiar mais de 400 mil pessoas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.