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Cai o ritmo de criação de empregos nos EUA

Dado divulgado hoje afasta, por enquanto, risco de que Fed abandone o gradualismo nas altas de juros

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h27.

Apesar de ser o décimo mês seguido de aumento de vagas no mercado americano de trabalho, junho registrou 112 mil novos empregos, ante 235 mil de maio e 250 mil da expectativa dos economistas. De acordo com The Wall Street Journal desta sexta-feira (2/7), o ritmo, que desacelerou pela primeira vez em quatro meses, "pegou Wall Street de surpresa".

Os economistas americanos estabeleceram que é preciso pelo menos 150 mil novos empregos ao mês, apenas para manter o mercado de trabalho estável.

O total de postos criados no primeiro semestre, de acordo com o Departamento de Trabalho americano, é pouco superior a 1 milhão. De 2001 até meados de 2003, foram eliminadas 2,7 milhões de vagas. O total de desempregados é de 8,2 milhões de pessoas, ou 5,6% de população economicamente ativa de 147,3 milhões. Com o aquecimento do mercado de trabalho, 305 mil pessoas foram encorajadas a voltar a buscar emprego, registra o The Wall Street Journal.

Assim como no Brasil, a recuperação do emprego é vital para a sobrevivência política do presidente. A diferença é que nos EUA as eleições presidenciais estão às portas, e o dado de junho representa um atraso no declínio do desemprego que pode sair caro em novembro.

Por outro lado, a notícia alivia as tensões nos mercados sobre a possibilidade de o Federal Reserve, o banco central americano, intensificar suas altas dos juros básicos, pressionado pelo aumento da inflação, impulsionada por sua vez pelo consumo de mais americanos empregados.

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