Economia

Cai o número de cheques sem fundo

O golpe do cheque sem fundo parece estar deixando de ser uma especialidade do brasileiro. O resultado de uma pesquisa sobre o número de cheques que passam pela compensação do Banco Central (BC) mostra que, apesar de eles terem emitido 12,3% de cheques a mais, o número de devolvidos por falta de fundos não cresceu. […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h27.

O golpe do cheque sem fundo parece estar deixando de ser uma especialidade do brasileiro. O resultado de uma pesquisa sobre o número de cheques que passam pela compensação do Banco Central (BC) mostra que, apesar de eles terem emitido 12,3% de cheques a mais, o número de devolvidos por falta de fundos não cresceu. Pelo contrário. Em fevereiro de 2003, 1,4% do total emitido ficou sem pagamento por no mínimo 30 dias. Em fevereiro deste ano, esse percentual caiu para 1,39%. Em números absolutos, foram 300 mil voadores a menos.

Para Carlos Pastor, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Informação, Verificação e Garantia de Cheques (Abracheque), a redução mostra uma tendência de adimplência do consumidor brasileiro. Segundo Pastor, a diferença entre pessoas que entraram para a lista de inadimplentes do Banco Central e as que correram para limpar o nome em 2002 foi de 460 mil. Ou seja, quase meio milhão passou cheque borrachudo e não limpou o nome na praça. Em 2003, esse saldo caiu para 265 mil.

Ao se comparar os meses de janeiro e fevereiro de 2004, os números da Abracheque mostram um panorama ainda mais positivo. Em janeiro deste ano, 1,61% dos compensados pelo sistema do BC eram voadores. Em números absolutos, isso representa 2,87 milhões de cheques que foram devolvidos pelo banco do cliente duas vezes.

Na pesquisa, a Abracheque não computa os cheques que passam pela chamada liquidação interna. Isso acontece toda vez que o banco do cliente for o mesmo do estabelecimento comercial onde ele está comprando. Assim, não há uma compensação interbancária, a qual passa pelo BC. Pastor estima, com base nas informações das empresas associadas à Abracheque, que o volume liquidado internamente pelos bancos deva corresponder a 25% do total computado pelo Banco Central.

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