Combustíveis: para economista, preços do etanol e da gasolina podem continuar em baixa (Marcos Santos/USP Imagens/Agência USP)
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2014 às 16h32.
São Paulo - A relação entre o preço do etanol e o da gasolina diminuiu entre junho e julho, ao passar de 66,08% para 65,71%, informou nesta terça-feira, 05, o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), André Chagas.
O resultado apurado no sétimo mês deste ano é muito parecido com os registrados em junho e julho de 2013, de 65,21% e 65,08%, respectivamente.
A expectativa de Chagas é de que essa equivalência continue no nível de 65% pelo menos até setembro.
"A relação entre os preços dos combustíveis deve ficar bem comportada, em torno de 65%, por mais um ou dois meses", estimou.
De acordo com o economista da Fipe, os preços do etanol e da gasolina podem permanecer em baixa neste momento, refletindo a colheita de cana-de-açúcar.
No IPC do sétimo mês, que mede a inflação na capital paulista e subiu 0,16%, o álcool combustível registrou deflação de 0,43%, enquanto a gasolina teve queda de 0,26%. O grupo Transportes, por sua vez, teve alta de 0,04% em julho.
Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina.
A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor a etanol é de 70% do poder dos motores a gasolina. Entre 70% e 70,50%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.