Economia

Caem investimentos estrangeiros nos países da AL e Caribe

Entre os fatores que explicam o declínio no IED para a região estão a ausência de grandes aquisições de empresas durante o primeiro semestre de 2014


	Investimentos estrangeiros diretos tiveram queda no primeiro semestre de 2014
 (Scott Eells/Bloomberg)

Investimentos estrangeiros diretos tiveram queda no primeiro semestre de 2014 (Scott Eells/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2014 às 14h49.

Brasília - O investimento estrangeiro direto (IED) caiu 23% durante o primeiro semestre de 2014 em relação ao mesmo período do ano passado nos países da América Latina e Caribe, totalizando US$ 84 bilhões informou hoje (23) a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

Por outro lado, em nível global, estima-se que os fluxos de IED vão aumentar 10% em relação a 2014 devido, principalmente, ao investimento recebido pelos países desenvolvidos, destacou o organismo regional das Nações Unidas, em nota à imprensa.

Os dados divulgados hoje são atualizados a cada ano e publicados no relatório Cepal Investimento Estrangeiro Direto na América Latina e no Caribe, cuja última edição foi lançada em maio.

Entre os fatores que explicam o declínio no IED para a região estão a ausência de grandes aquisições de empresas durante o primeiro semestre de 2014 (para compensar as operações no mesmo período do ano passado), além da redução de investimentos em mineração, devido à queda dos preços dos metais.

No caso do Brasil, o país registrou aumento de 8% no IED durante os primeiros oito meses de 2014 em relação ao mesmo período de 2013, e as estimativas oficiais indicam que a receita anual será semelhante à do ano anterior.

Os dados da Cepal indicam também que os investimentos brasileiros diretos no exterior, durante os primeiros oito meses do ano, foram positivos pela primeira vez desde 2010.

A dívida negativa entre controladoras e controladas continuou a um ritmo semelhante ao do ano anterior, o que indica que a prática de empresas brasileiras de empréstimos no estrangeiro não mudou.

Entre janeiro e agosto de 2014 essas saídas foram compensadas por um aumento de 48% no capital dessas empresas.

O relatório da comissão aponta ainda que boa parte da queda de investimentos estrangeiros diretos se concentraram no México, após a compra em 2013 da cervejaria Modelo por parte da multinacional belga Anheuser-Busch InBev e em operações da participação acionária na AT&T, empresa de telefonia.

O documento destaca, no entanto, que essas situações são atípicas e que o México continuou recebendo investimentos estrangeiros em nível similar ao dos cinco anos anteriores.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCaribeInvestimentos de empresas

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor