Economia

CAE aprova projeto para evitar calote de terceirizadas

Proposta original do senador Blairo Maggi (PR-MT) exigia das terceirizadas o recolhimento de uma garantia, equivalente a um mês de obrigações trabalhistas


	Pelas mudanças que Roberto Requião fez, o órgão acompanhará o recolhimento e só pagará a próxima parcela do contrato se a quitação das obrigações sociais estiver em dia
 (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)

Pelas mudanças que Roberto Requião fez, o órgão acompanhará o recolhimento e só pagará a próxima parcela do contrato se a quitação das obrigações sociais estiver em dia (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2013 às 16h12.

Brasília - A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta quarta-feira projeto de lei que visa a dificultar o calote nos pagamentos de funcionários de empresas terceirizadas que atendem órgãos públicos. O colegiado aceitou um parecer do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que dá instrumentos ao órgão contratante para fiscalizar se as empresas estão cumprindo as obrigações trabalhistas e previdenciárias.

A proposta original, de autoria do senador Blairo Maggi (PR-MT), exigia das terceirizadas o recolhimento de uma garantia, equivalente a um mês de obrigações trabalhistas. Determinava ainda a apresentação mensal ao poder público dos comprovantes do pagamento dessas obrigações.

O texto de Roberto Requião, contudo, retirou essa garantia. O relator da CAE argumentou que a medida representaria um aumento de custo para o órgão público contratante. Pelas mudanças que fez, o órgão acompanhará o recolhimento e só pagará a próxima parcela do contrato se a quitação das obrigações sociais estiver em dia.

Blairo Maggi, que chegou à comissão após a aprovação da matéria - ele estava presidindo reunião da Comissão de Meio Ambiente -, discordou das mudanças e anunciou que tentará mudar a proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Por tramitar em regime terminativo, se for aprovado na CCJ e não tiver recurso de senadores para que a matéria seja levada ao plenário, ela seguirá diretamente para a Câmara dos Deputados.

Acompanhe tudo sobre:FiscalizaçãoLegislaçãomeios-de-pagamento

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto