Alemanha: no entanto, as condições para o consumo privado se deteriorarão (Miguel Villagran/Getty Images)
AFP
Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 10h15.
O Bundesbank aumentou suas previsões para a Alemanha neste ano, a 1,8%, e o mesmo número para 2017, já que considera que a primeira economia europeia se encontra em uma fase de "crescimento sólido", segundo um relatório publicado nesta sexta-feira.
As perspectivas de crescimento do banco central alemão até agora eram de 1,7% para 2016 e de 1,4% para 2017.
"o principal apoio da economia é uma demanda interior elevada, que se beneficia da situação favorável do mercado de trabalho e de uma alta das receitas dos lares", disse o chefe do Bundesbank, Jens Weidmann, citado no documento.
No entanto, as condições para o consumo privado se deteriorarão, advertiu a entidade.
O mercado de trabalho perderá dinamismo devido ao envelhecimento da população, "o que freará o progresso do consumo", explicou o chefe do Bundesbank. E o aumento dos preços da energia também pesará nas receitas dos lares, explicou.
As exportações se aproveitarão da melhora prevista da economia mundial, apesar dos riscos inerentes à saída do Reino Unido da União Europeia, estima o Bundesbank.
Com a chegada do republicano Donald Trump ao poder, nos Estados Unidos, também podem ocorrer flutuações na política comercial da primeira potência mundial, embora o impacto na economia ainda precise ser determinado.
Para 2018, o Bundesbank prevê uma desaceleração do crescimento, a 1,6%, e depois a 1,5% em 2019.
Quanto à inflação, o Bundesbank a avalia em 1,4% para o próximo ano, para 1,7% em 2018 e 1,9% em 2019.