Economia

Bruxelas pediu informações sobre regime fiscal da Amazon

A Comissão Europeia pediu informações a Luxemburgo sobre o regime fiscal aplicado à empresa americana Amazon, segundo jornal


	Amazon: objetivo é checar se imposto de pessoa jurídica está de acordo com regras
 (Lionel Bonaventure/AFP)

Amazon: objetivo é checar se imposto de pessoa jurídica está de acordo com regras (Lionel Bonaventure/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2014 às 09h26.

Bruxelas - A Comissão Europeia, responsável pelo cumprimento das normas de concorrência na UE, pediu informações a Luxemburgo sobre o regime fiscal aplicado à empresa americana Amazon, informa o jornal Financial Times.

A Comissão enviou um pedido de informação ao Grã-Ducado, onde fica a sede europeia da Amazon, para verificar se o imposto de pessoa jurídica aplicado está de acordo com as regras europeias de concorrência, segundo o jornal econômico.

Procurado pela AFP, Antoine Colombani, porta-voz do comissário europeu de Concorrência, Joaquín Almunia, recordou que "como indicou publicamente em várias ocasiões, a Comissão continua reunindo informações sobre certas práticas fiscais em vários Estados membros".

Mas ele se recusou a fazer qualquer comentário sobre as empresas envolvidas.

"De todas as maneiras, ainda é muito prematuro para especular sobre eventuais novas investigações que apontem para tal ou tal empresa", completou.

Os pedidos de informação representam a etapa anterior à abertura de uma eventual investigação mais profunda, que pode levar a Comissão a obrigar os Estados em questão a recuperar que não foi pago.

No início de junho, a Comissão abriu três investigações contra três países, entre eles Luxemburgo, para verificar se "as grandes multinacionais pagam a parte justa dos impostos na Europa, como anunciou na ocasião Joaquín Almunia.

As investigações envolvem a Apple na Irlanda, Starbucks na Holanda e Fiat em Luxemburgo.

A Comissão critica a prática conhecida como "tax ruling", que permite às empresas obter de maneira antecipada garantias jurídicas sobre a forma como sua situação será tratada pela administração fiscal do país em questão.

Desta forma, as multinacionais realizam uma "otimização fiscal", distribuindo da forma mais vantajosa possível o lucro entre vários países.

Acompanhe tudo sobre:AmazonComércioEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetEuropalojas-onlineLuxemburgoPaíses ricosPolítica fiscal

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto