Economia

Bruxelas aprova reestruturação de quatro bancos espanhóis

Segundo a Comissão Europeia, a reestruturação fará com que esses bancos voltem a ser viáveis


	O vice-presidente da Comissão Europeia, Joaquín Almunia: a medida servirá para restaurar a saúde do setor financeiro espanhol
 (Georges Gobet/AFP)

O vice-presidente da Comissão Europeia, Joaquín Almunia: a medida servirá para restaurar a saúde do setor financeiro espanhol (Georges Gobet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2012 às 10h15.

Bruxelas - A Comissão Europeia aprovou nesta quinta-feira os planos de reestruturação do Liberbank, Caja3, Banco Mare Nostrum (BMN) e Banco CEISS (Caja España-Duero), os quatro bancos espanhóis que não haviam sido nacionalizados, indicou em um comunicado.

A reestruturação "fará com que estes bancos voltem a ser viáveis, contribuindo para restaurar a saúde do setor financeiro espanhol", disse o vice-presidente da Comissão Europeia e comissário de Concorrência, Joaquín Almunia.

Segundo Luis de Guindos, ministro da Economia espanhol, estas quatro entidades que não foram nacionalizadas, conhecidas como o Grupo 2, exigirão uma injeção de capital de cerca de 1,5 bilhão de euros do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE).

A aprovação deste plano - que envolverá cortes, fechamento de sucursais e milhares de demissões - chega poucos dias após o MEDE ter aprovado a injeção de cerca de 40 bilhões de euros no setor financeiro espanhol.

Desta soma, mais de 37 bilhões foram destinados aos bancos nacionalizados Bankia, Catalunyabank, Banco de Valencia e Novagalicia Banco e os 2,5 bilhões restantes ao "banco mau", que absorve os ativos imobiliários tóxicos das entidades bancárias espanholas.

Esta reestruturação era uma das condições impostas por Bruxelas para conceder uma ajuda ao setor bancário espanhol, muito afetado pelos ativos tóxicos desde a explosão da bolha imobiliária, em 2008, motor do crescimento econômico no país.

Desde então, o setor financeiro espanhol preocupa o governo e as autoridades europeias.

O presidente do governo, o conservador Mariano Rajoy, afirmou na semana passada que não descarta pedir um resgate global para a economia do país, que permita aliviar as tensões sobre sua dívida soberana, mas deu a entender que a questão não se resolverá neste ano.

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