Economia

Brexit representa situação de perdas para todos, diz Dijsselbloem

O líder do Eurogrupo disse que "lamenta muito" o resultado do plebiscito britânico de junho, que ampliou as incertezas

Jeroen Dijsselbloem: segundo ele, Reino Unido e UE precisam chegar a um acordo claro sobre suas futuras relações (Evert-Jan Daniels/AFP)

Jeroen Dijsselbloem: segundo ele, Reino Unido e UE precisam chegar a um acordo claro sobre suas futuras relações (Evert-Jan Daniels/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de novembro de 2016 às 10h40.

Londres - A decisão do Reino Unido de sair da União Europeia (o chamado "Brexit") é uma situação de perdas para todos, mas os britânicos e a UE devem trabalhar juntos para limitar os danos, comentou hoje Jeroen Dijsselbloem, líder do Eurogrupo, formado por ministros de Finanças da zona do euro.

Dijsselbloem, que falou durante conferência em Londres, disse que "lamenta muito" o resultado do plebiscito britânico de junho, que ampliou as incertezas.

"Minha grande vontade é reverter todo o plebiscito, mas não acho que isso vá acontecer", disse Dijsselbloem, que também é ministro de finanças da Holanda. "Minha segunda vontade é assegurar que o comércio continue tão livre quanto possível."

Recentemente, a primeira-ministra britânica, Theresa May, tem sugerido que, em negociações futuras com os outros 27 integrantes da UE, irá dar prioridade ao controle da imigração, em vez da manutenção de seu país no mercado único de comércio do bloco.

A premiê, no entanto, quer garantir o maior acesso possível ao comércio com países da UE, algo que outros líderes dizem que o Reino Unido não poderá ter se não quiser manter abertas suas fronteiras a imigrantes do bloco.

Segundo Dijsselbloem, Reino Unido e UE precisam chegar a um acordo claro sobre suas futuras relações para minimizar prejuízos a suas economias. Ele ressaltou, porém, que as negociações vão "exigir muito tempo" e que os dois lados "se olham com desconfiança".

Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:BrexitReino UnidoUnião Europeia

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto