São Paulo - O ano de 2013 não foi dos melhores para a cerveja brasileira.

A produção da indústria nacional do setor teve queda de 2% - a primeira vez que isso acontece desde que os dados começaram a ser divulgados em 2010.

Dos 12 meses do ano, apenas 4 tiveram aumento em relação ao mesmo período do ano anterior.

Isso significa que, em média, o brasileiro tomou uma latinha de cerveja a menos por mês em 2013, conclui o informe da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) divulgado na semana passada.

A produção brasileira não foi compensada pela importação do produto, que também caiu.

Os números são do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe) da Receita Federal e do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior.

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Consumo e preços

De acordo com a consultoria Nielsen, o consumo de cerveja no Brasil tem caído sistematicamente desde 2010. A tendência é mundial, mas pode estar relacionada com fatores locais como a lei seca, por exemplo.

A indústria culpa o nível de endividamento das famílias e a queda no ritmo de crescimento da renda. Em um ano de Copa do Mundo, o diretor-executivo da CervBrasil diz que "a despeito da retração, o setor é otimista". 

O preço da cerveja aumentou 10,1% em 2013 - acima da inflação geral, de 5,9%, e da inflação de alimentos e bebidas, de 8,5%. Em 2012, a inflação da cerveja havia sido ainda maior, de 13,1%.

Um aumento dos impostos sobre bebidas frias estava previsto para outubro de 2013 e foi adiado para este ano - ainda sem data definida.

No momento, a Ambev promove a campanha "Verão sem Aumento" para congelar os preços de suas marcas Brahma, Antarctica, Skol, Bohemia e Original até o carnaval.