Economia

Brasil terá taxa preferencial de crédito em setembro

"Esperamos fomentar o mercado de crédito no país", explicou Alexandre Tombini ao confirmar a medida

Os detalhes da nova taxa devem ser dados em setembro, disse Alexandre Tombini  (Wikimedia Commons)

Os detalhes da nova taxa devem ser dados em setembro, disse Alexandre Tombini (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2011 às 14h22.

São Paulo - O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou hoje que o Brasil vai criar uma taxa preferencial de crédito, que a autoridade monetária deve divulgar no próximo Relatório de Estabilidade Financeira, o que ocorrerá em setembro. A taxa será mensal e terá como objetivo estabelecer uma espécie de taxa prime de crédito no Brasil, que será comparada com taxas semelhantes adotadas em outros países. "Com isso, esperamos fomentar mercado de crédito no país", disse Tombini.

Ao destacar a criação da taxa, Tombini afirmou que o mecanismo visa "fomentar" o mercado de concessão de financiamentos no país, na medida em que procura estabelecer um parâmetro de taxa relativa a financiamentos em relação ao que ocorre em outras nações. A medida pode ser interpretada como um novo mecanismo que o BC quer adotar para estimular a competição entre as instituições que atuam no setor.

Durante o 6.º Seminário sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária, realizado pela autoridade monetária na capital paulista, Tombini destacou que o BC não está atento apenas à estabilidade monetária, mas também dedica atenção especial à eficiência do sistema financeiro. "A regulação no Brasil é mais apertada e a supervisão é mais intensa", comentou, referindo-se ao registrado em outros países. "Temos segurança e acompanhamos com muito critério, para ter certeza que a expansão do crédito ocorra em base segura ao longo dos anos."

Acompanhe tudo sobre:Alexandre TombiniBanco CentralCréditoEconomistasMercado financeiroPersonalidades

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto