Economia

Brasil terá maior queda entre as grandes economias, diz ONU

PIB do Brasil vai cair 3,2% neste ano, maior do que a queda das maiores economias mundiais, segundo órgão da ONU


	ONU: entre as dez maiores economias do mundo, só Brasil e Rússia devem ter variação negativa do PIB
 (Wikimedia Commons)

ONU: entre as dez maiores economias do mundo, só Brasil e Rússia devem ter variação negativa do PIB (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2016 às 08h36.

Genebra - O Brasil terá, em 2016, a maior contração entre as grandes economias do mundo e a queda deve continuar em 2017. Relatório publicado na quarta-feira, 21, pela Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) aponta que a queda do PIB será de 3,2%.

No geral, o PIB mundial deve ter uma expansão de 2,3%, abaixo do desempenho de 2015 e revelando a fragilidade das estratégias de retomada do crescimento da economia mundial.

"A expectativa é de uma queda no crescimento nos EUA que pode ficar, pela primeira vez em sete anos, abaixo daquele da União Europeia. Enquanto isso, no Japão, persiste a estagnação. No Reino Unido, a recente recuperação será negativamente afetada pelo Brexit."

Entre os emergentes, a expansão será de apenas 3,8%, a mais baixa desde 2009. "A perda de dinamismo econômico nas economias avançadas está afetando os países em desenvolvimento, que vão crescer, em média, menos de 4% este ano, cerca de 2,5 pontos porcentuais abaixo da taxa alcançada durante o período pré-crise", indicou a ONU.

Entre as dez maiores economias do mundo, apenas a do Brasil e a da Rússia sofrerão uma contração. No caso de Moscou, ela será de 0,2%, depois de uma queda de 3% em 2015. Para a economia brasileira, os dados revelam três anos de contração ou praticamente de estagnação.

Em 2014, o desempenho do PIB apontou para um aumento de apenas 0,1%. No ano seguinte, a queda foi de 3,8%, o que também colocou o Brasil como tendo o pior desempenho entre as maiores economias do mundo.

Agora, mais uma queda deve ser registrada. A situação do Brasil está inclusive afetando as demais economias da região latino-americana.

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