Exportações: as exportações somaram 16,968 bilhões de dólares (Patrick T. Fallon/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 1 de fevereiro de 2018 às 15h25.
Última atualização em 1 de fevereiro de 2018 às 16h04.
Brasília - O Brasil teve superávit comercial de 2,768 bilhões de dólares em janeiro, segundo melhor resultado para o mês da série iniciada em 1989, ajudado pelo resultado recorde obtido nas exportações, informou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta sexta-feira.
O dado veio um pouco pior que expectativa de saldo positivo em 3,026 bilhões de dólares, segundo pesquisa Reuters com analistas. Olhando para os meses de janeiro, ficou atrás apenas do superávit obtido em 2006, de 2,835 bilhões de dólares.
No primeiro mês do ano, as exportações cresceram 13,8 por cento sobre igual mês do ano passado, pela média diária, a 16,968 bilhões de dólares, melhor desempenho para o período desde o início da série histórica.
As importações, por sua vez, cresceram em um ritmo ainda mais acentuado, na esteira da retomada econômica. Na comparação com janeiro do ano passado, o aumento foi de 16,4 por cento, a 14,199 bilhões de dólares.
Após a balança comercial brasileira ter encerrado 2017 com superávit recorde de 67 bilhões de dólares, o MDIC projeta que neste ano o saldo ficará positivo em 50 bilhões de dólares, já que a aceleração da atividade em 2018 deve elevar as importações.
Em janeiro, as exportações foram puxadas pelos manufaturados, que cresceram 23,6 por cento sobre um ano antes, a 6,327 bilhões de dólares, com destaque para a elevação de 474,4 por cento nas vendas de aviões, para 198 milhões de dólares.
As exportações nas demais categorias também subiram. A alta foi de 11,2 por cento nos produtos básicos, a 7,544 bilhões de dólares, e de 1,1 por cento em semimanufaturados, a 2,625 bilhões de dólares.
Já as importações em janeiro foram impulsionadas pelos combustíveis e lubrificantes, que registraram aumento de 96,3 por cento sobre igual mês do ano passado. Também subiram as compras de bens de consumo (+19,2 por cento), bens de capital (+11,4 por cento) e bens intermediários (+5,8 por cento).