Navios descarregam no Porto de Santos: saldo da balança comercial em novembro está positivo em US$ 1,724 bilhão (Andrew Harrer/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2013 às 15h33.
Brasília - A balança comercial brasileira registrou superávit de 808 milhões de dólares na terceira semana de novembro, ajudada pela exportação de uma plataforma de extração de petróleo no valor de 624,4 milhões de dólares, informou nesta segunda-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Na semana entre os dias 11 a 17, com apenas quatro dias úteis, as exportações somaram 4,925 bilhões de dólares e as importações, 4,117 bilhões de dólares.
Com esse resultado, o saldo da balança comercial em novembro está positivo em 1,724 bilhão de dólares, com exportações somando 11,041 bilhões de dólares e as importações, 9,317 bilhões de dólares. No acumulado do ano, o saldo comercial está negativo em 105 milhões de dólares.
Pela média por dia útil, as exportações subiram 20,8 por cento na terceira semana de novembro em relação aos primeiros 10 dias do mês. Em relação ao mesmo período do ano passado, a alta é de 7,9 por cento, devido a maiores vendas de produtos básicos e de manufaturados.
Na comparação com outubro, as exportações avançaram 11,3 por cento por conta de maiores vendas de produtos básicos e semimanufaturados.
Já as importações tiveram alta de 18,7 por cento na terceira semana deste mês em comparação aos primeiros 10 dias de novembro, também pela média diária. Em relação a novembro do ano passado, as importações apresentaram no período recuo de 9,8 por cento. Ante outubro deste ano, a queda é de 7 por cento.
Em relação a novembro do ano passado, diminuíram as compras no exterior combustíveis, adubos, equipamentos mecânicos, veículos e borracha. Já frente a outubro, as maiores quedas nas aquisições feitas no exterior também foram de combustíveis e lubrificantes, borracha, veículos, produtos siderúrgicos e equipamentos mecânicos.
A balança comercial vai encerrando o ano de 2013 com uma das piores performances da história do comércio exterior brasileiro, registrando déficit ao longo de todo o ano devido, em grande parte, ao rombo na conta petróleo, que no acumulado do ano até outubro somava 18,9 bilhões de dólares.
O desempenho ruim se deve também à retração da economia mundial que prejudica diretamente a venda de produtos brasileiros no exterior, impedindo a expansão dos embarques.
A falta de um resultado superavitário expressivo na balança comercial é o principal fator de deterioração na conta transações corrente do balanço de pagamentos.
Devido a esse desempenho ruim, em setembro a conta transações correntes do balanço de pagamentos ficou negativa em 2,63 bilhões de dólares, elevando para 60,416 bilhões de dólares o saldo negativo acumulado do ano.