Economia

Brasil tem desemprego de 12,8% no trimestre até julho, diz IBGE

Mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 13,0 por cento por cento no período

Desemprego: mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 13,0 por cento por cento no período (Paulo Fridman/Bloomberg)

Desemprego: mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 13,0 por cento por cento no período (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 31 de agosto de 2017 às 10h17.

Última atualização em 31 de agosto de 2017 às 10h18.

Rio de Janeiro/São Paulo - A taxa de desemprego no Brasil recuou no trimestre encerrado em julho, resultado melhor do que o esperado mas ainda impulsionado sobretudo pelo aumento do emprego informal, em meio à recuperação da atividade econômica ainda fraca.

A taxa foi a 12,8 por cento no período, informou nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo nível mais baixo do ano, ficando atrás apenas dos 12,6 por cento vistos em janeiro.

O resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de que permaneceria em 13 por cento, como fechou o segundo trimestre. Nos três meses até abril, o índice de desemprego havia ficado em 13,6 por cento.

"O cenário apresentou melhora, mas a maior parte disso veio da informalidade. Houve aumento em comércio, alojamento, alimentação, outros serviços muito aderentes à informalidade", explicou o coordenador do IBGE Cimar Azeredo.

Os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostram que o Brasil tem agora 13,326 milhões de desempregados. Nos três meses até junho, eram 13,5 milhões de pessoas sem trabalho.

Já a população ocupada chegou a 90,677 milhões de pessoas no período, contra 90,2 milhões no trimestre até junho. Em relação a 2016, houve aumento de 0,2 por cento, ou 190 mil pessoas a mais com emprego, primeira vez desde outubro de 2015 em que a população ocupada não cai na comparação anual, segundo Azeredo.

Entretanto, o emprego no setor privado com carteira assinada caiu 2,9 por cento em relação ao trimestre encerrado em julho de 2016, enquanto sem carteira houve aumento de 5,6 por cento.

"Há sem dúvida uma recuperação acontecendo que se forma sobre uma plataforma informal. Temos recuperacão quantitativa de postos de trabalho, mas em termos qualitativos essa melhora é questionável", completou o coordenador do IBGE.

O IBGE informou ainda que o rendimento médio real (descontada e inflação) do trabalhador foi a 2.106 reais no trimestre até julho, contra 2.099 reais no segundo trimestre e 2.045 reais no mesmo período do ano anterior.

Após dois anos de recessão, o Brasil vive cenário de inflação e juros baixos que ajudam na recuperação econômica ao favorecem o comércio, porém o mercado de trabalho em geral é o que mais demora a se recuperar.

O IBGE divulga os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre na sexta-feira, e a expectativa em pesquisa da Reuters é de crescimento de apenas 0,1 por cento em relação aos três primeiros meses de 2017.

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