Taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,1 por cento nos três meses até agosto (Paulo Whitaker/Reuters)
Reuters
Publicado em 28 de setembro de 2018 às 09h20.
Última atualização em 28 de setembro de 2018 às 10h20.
São Paulo - A taxa de desemprego no Brasil caiu pela quinta vez seguida no trimestre até agosto, mas as apreensões devido ao ritmo fraco da economia continuam a afetar os trabalhadores, que seguem desanimados quanto ao mercado de trabalho.
Nos três meses até agosto a taxa de desemprego foi a 12,1 por cento, de 12,3 por cento no trimestre até julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.
No mesmo período do ano passado a taxa era de 12,6 por cento. O resultado ficou ligeiramente abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 12,2 por cento.
"De maneira geral, segue a recuperação do mercado de trabalho, porém um pouco mais lenta que o inicialmente imaginado e sem pressões à vista sobre a inflação", avaliou a consultoria Rosenberg & Associados em nota.
A Pnad Contínua mostrou ainda que no período o número de desempregados no Brasil era de 12,707 milhões, contra 12,868 milhões nos três meses até julho e 13,113 milhões no mesmo período de 2017.
O desalento dos trabalhadores, entretanto, continua sendo a marca do mercado, com 4,754 milhões de pessoas que desistiram de procurar uma recolocação no trimestre até agosto. Nos três meses até julho o número de desalentados era de 4,818 milhões.
O emprego formal também continua perdendo espaço. Nos três meses até agosto eram 32,968 milhões de pessoas com carteira assinada no setor privado, queda de 1,3 por cento sobre o ano anterior.
O emprego sem carteira no setor privado, por outro lado, registrou aumento de 4,0 por cento na comparação com 2017, chegando a 11,191 milhões de trabalhadores.
O rendimento médio do trabalhador, mostrou ainda o IBGE, alcançou 2.225 reais no trimestre até agosto, contra 2.216 nos três meses até julho e 2.196 reais no mesmo período de 2017.
O Brasil registrou em agosto criação líquida de 110.431 mil vagas formais de emprego, segundo dados do Ministério do Trabalho, no melhor desempenho para o mês em cinco anos.
No entanto, o cenário é de lentidão do mercado de trabalho em se recuperar e incertezas diante de uma atividade econômica que não consegue engrenar em um ritmo intenso.